sábado, 22 de novembro de 2008

Paraná incentiva uso de embalagens 100% ecológicas


Iniciativa do governo estadual tem apoio do Ministério Público local; supermercados começam a substituir sacolas plásticas convencionais por material biodegradável

Giselle Hoffmann

O Estado do Paraná quer reduzir em 30% o volume diário de resíduos depositados nos aterros sanitários - cerca de 20 mil toneladas. A ação faz parte do Programa Desperdício Zero, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, com apoio do Ministério Público Estadual.

A iniciativa identificou os materiais que mais se acumulam nos aterros: sacolas plásticas, embalagens longa vida, pilhas, baterias, papel, materiais de construção civil, pneus, lâmpadas fluorescentes, metais, lixo orgânico, vidros e óleo lubrificante. Com base nessa lista, os fabricantes e distribuidores dos principais tipos de resíduos estão sendo convocados a assumir a responsabilidade sobre a destinação final desses produtos.

Em relação às embalagens plásticas, o governo estadual e o Ministério Público local contataram inicialmente a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) para conhecer o destino das 80 milhões de sacolas usadas mensalmente - o equivalente a 53 toneladas de plástico depositadas em aterros. Como a entidade não tinha a informação, a solicitação foi feita, na seqüência, às próprias redes de supermercados.

A partir disso, diversos supermercados passaram a substituir as embalagens tradicionais por materiais 100% ecológicos. A adesão tem sido maior por parte das cadeias supermercadistas locais. A resistência maior ocorre nas redes nacionais - algumas, inclusive, não forneceram a quantidade de sacolas usadas nem apresentaram as medidas alternativas para a questão do descarte desses itens no meio ambiente. Devido a isso, os estabelecimentos foram multados (R$ 70 mil por dia) pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Estimativas do programa Desperdício Zero apontam que de cada 100 sacolas plásticas, apenas 15 retornam para reciclagem. Uma das alternativas para substituir as embalagens tradicionais é a adoção do material biodegradável, que consiste no acréscimo de um aditivo (d2w) em sua fabricação. Ele tem as mesmas propriedades do produto convencional, inclusive em relação à resistência, transparência, permeabilidade e impressão. O principal diferencial é quanto ao processo de decomposição - enquanto o plástico comum dura até 200 anos, a sacola com d2w leva, no máximo, 18 meses para se degradar.

Lula quer parceria de prefeitos na preservação do meio ambiente


Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil


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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje (21) o envolvimento dos prefeitos na preservação ambiental ao discursar na cerimônia de assinatura do decreto que regulamenta a Lei da Mata Atlântica.

Lula disse que é preciso envolver os prefeitos para que eles sejam co-responsáveis no respeito à legislação em vigor. Para o presidente, é necessário “fazer da preservação ambiental uma atividade do prefeito e do poder local, ou a gente vai ficar correndo atrás”.

Ele disse que antes da próxima Marcha dos Prefeitos, evento anual em que os representantes dos municípios vêm a Brasília para entregar um documento com reivindicações ao presidente da República, irá encaminhar a eles a sua lista de reivindicações. No documento, estará presente a questão ambiental.

Segundo Lula, não se pode creditar apenas às estruturas do Estado a responsabilidade sobre a preservação ambiental. “A preservação ambiental não é uma obrigação do Ministério do Meio Ambiente, dos ambientalistas, tem que ser uma política nacional em que os 190 milhões de brasileiros estejam engajados” disse.

Ao lado dos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, o presidente disse que é preciso implantar “uma nova dinâmica” para a preservação do meio ambiente e destacou a importância da questão para o comércio brasileiro.

“Precisamos agir com mais rapidez e mais força agora porque a questão ambiental passa a se tornar uma vantagem comparativa para o Brasil que quer aumentar suas exportações.”