terça-feira, 31 de março de 2009

Máquinas caça-níqueis: megaoperação em Jaú prende suspeitos Esquema de contrabando de peças de caças-níqueis e sua exploração contava com a corrupção


Máquinas caça-níqueis: megaoperação em Jaú prende suspeitos

Esquema de contrabando de peças de caças-níqueis e sua exploração contava com a corrupção e apoio de policiais civis

Após um ano de investigações do núcleo do GAECO em Bauru, do Ministério Público do Estado de São Paulo, da Procuradoria da República em Jaú, do Ministério Público Federal, e da Polícia Federal de Bauru, a Justiça Federal decretou as prisões de 33 pessoas, que estão sendo cumpridas hoje em operação policial, na qual também são realizadas inúmeras buscase apreensões nas casas dos acusados e em escritórios de advocacia.
As ordens foram expedidas pela Justiça Federal de Jaú, nos municípios de Jaú, Rio Claro, Bauru e São Paulo. A Justiça determinou também a exoneração do Delegado Seccional de Jaú.
A operação foi deflagrada em virtude de ação penal proposta em conjunto pelo GAECO/Bauru e pelo MPF-Jaú, contra 52 pessoas. Enquanto parte dos acusados responde por formarem uma quadrilha para a exploração ilegal de caça-níqueis montados com componentes contrabandeados, mediante a corrupção de agentes públicos, entre eles três Delegados de Polícia (o ex-diretor do Deinter de Bauru, o Delegado Seccional de Polícia de Jaú e um delegado de Rio Claro), seis investigadores, um agente policial e um policial militar, que respondem por formação de quadrilha, corrupção passiva, facilitação de contrabando e prevaricação.
As investigações começaram em virtude da falta de repressão, por parte da Polícia Civil de Jaú, da exploração ilegal de máquinas caça-níqueis no município e região, que passaram, então, a ser realizadas pelo Ministério Público, com apoio da PM, da PF, da Receita Federal e da Prefeitura Municipal de Jaú.
Em seu curso, todavia, descobriu-se a existência de quatro grupos criminosos desse ramo, contando com respaldo de Policiais Civis e umPolicial Militar em torno de um verdadeiro estratagema criminoso, consumado desde 2006.
O grupo de Jaú, que entregava e explorava as máquinas, era associado a outro, composto também por advogados, com base em Rio Claro, que importava as máquinas com as peças contrabandeadas.

COLETIVA - Hoje, às 14h, na sede da Associação Paulista do Ministério Público em Bauru, acontecerá entrevista coletiva sobre a operação. Endereço: Rua Silva Jardim, 2-17, Bela Vista, Bauru/SP.
Participarão da entrevista o procurador da República em Jaú, Marcos Salati, e os promotores do GAECO Rafael Abujamra e Luciano Gomes Queiroz Coutinho e o delegado da Polícia Federal de Bauru, Antonio Vaz de Oliveira. Leia no anexo a íntegra da nota conjunta do MPF e do MP-SP sobre aoperação em Jaú:http://www.prsp.mpf.gov.br/cidadania/infoprdc/notaoficialopjau.pdf
Assessoria de Comunicação Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
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