quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Marina critica corte de verba para Meio Ambiente


De Soraya Aggege e Maiá Menezes em O Globo:

A notícia do corte preventivo de 79% no orçamento do Ministério do Meio Ambiente teve forte repercussão no Fórum Social Mundial, que ontem centralizou os debates em torno da Amazônia e do aquecimento global.

A senadora e ex-ministra Marina Silva (PT-AC), que tem evitado críticas ao governo, se mostrou indignada. Disse que a medida é incoerente e contraditória.

A cúpula petista, concentrada no Fórum, evitou declarações formais, mas, nos bastidores, líderes se diziam constrangidos com a medida, que arrancou críticas de ativistas.

- Trata-se de uma incoerência com o nosso projeto. O orçamento do Meio Ambiente já é muito pequeno. Além disso, há uma falsa idéia de se cortar custeios do ministério, mas, nesse caso, as verbas são para a fiscalização do Ibama e para unidades de conservação criadas pelo próprio presidente Lula. O que faremos? Vista grossa?- disse Marina.

Leia mais em Marina acusa governo de incoerência por corte de verba do Meio Ambiente no Orçamento

O bloqueio de R$ 37,2 bilhões do Orçamento da União foi interpretado pela oposição como um indicativo claro de que a crise econômica é grave e, pela primeira vez, o governo estaria admitindo essa gravidade. Leia mais em Orçamento: oposição critica redução de investimento

Morre Dom Lourenço, natural de Itapui, ex-reitor do Colégio São Bento


RIO - Dom Lourenço de Almeida Prado, reitor emérito do Colégio São Bento, morreu na noite de quarta-feira, devido a complicações no sistema respiratório. O corpo está sendo velado na capela do Mosteiro de São Bento. Dom Lourenço, que ficou 46 anos à frente da reitoria da escola e ia completar 98 anos em maio, foi um dos grandes defensores do ensino apenas para meninos no São Bento.

Quando deixou o cargo, há sete anos, houve grande especulação sobre a possibilidade de o colégio abrir vagas para as meninas. Mas, apesar de o assunto não chegar a ser um tabu na escola, o fato é que, ainda hoje, não houve mudanças no sistema da tradicional instituição.

Mesmo depois de deixar a reitoria, Dom Lourenço continuou participando ativamente das atividades da escola, mas, nos últimos anos, devido a problemas de saúde, passava boa parte do tempo de cama. Ele estava internado na enfermaria que funciona na instituição. Às 16h desta quinta-feira será realizada missa de corpo presente e, em seguida, o corpo será sepultado no claustro do Mosteiro de São Bento, no Centro do Rio.

Nascido em Bica da Pedra (hoje, Itapuí, interior de São Paulo), formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1935), Nelson de Almeida Prado ingressou no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro (1940), adotando o nome religioso de Lourenço, com profissão de votos monásticos em 11 de julho de 1941 e votos sacerdotais em 21 de dezembro de 1946. O nome Lourenço marcaria sua história como monge e, principalmente, como educador de reconhecida relevância na cultura brasileira.

Comungando idéias com o filósofo francês Jacques Maritain, Dom Lourenço deixa uma vasta bibliografia versando sobre o tema principal da Educação da Juventude. O ex-reitor do Colégio São Bento marcou seu nome como uma das figuras de destaque no cenário educacional brasileiro na 2ª metade do século passado.
Fonte: www.oglobo.globo.com

Fórum Mundial da Mídia Livre discute comunicação compartilhada


Midialivristas de todo planeta se reuniram em Belém, nos dias 26 e 27/1, para somar esforços e discutir a criação de novas formas de comunicação. No primeiro dia, foram organizadas duas mesas de debates, com os temas "Como ampliar o midialivrismo" e "Mídia e crise". No encerramento do encontro internacional da Mídia Livre, seus participantes uniram-se às milhares de pessoas que deram início ao Fórum Social Mundial, em sua nona edição, integrando-se à marcha que abriu oficialmente o evento.

Como ampliar o midialivrismo

Comunicação compartilhada foi um dos principais temas discutidos na mesa "Como ampliar o midialivrismo. Dentre os participantes da mesa estavam Gustavo Gindre (Intervozes), Sóter (Abraço), Ivana Bentes (UFRJ), Renato Rovai (Revista Fórum), Sérgio Amadeu (Cásper Líbero), Maria Pia (AMARC), Oona Castro (Overmundo). Gustavo Gindre (Intervozes) disse que a principal tarefa para que a mídia livre aconteça é "ampliar as vozes".

Sóter (Abraço) discorreu sobre a importância da democratização da comunicação e das rádios comunitárias. "A rádio comunitária é uma forma de estimular a auto-estima na comunidade, a partir da própria identidade cultural e de elevar a consciência crítica dos moradores da comunidade". Também defendeu que é necessário fazer um contraponto com a mídia e a radiodifusão comercial.

Ivana Bentes (UFRJ) explanou a atual situação da mídia hegemônica e a grande problemática das mesmas, gerada pela ligeireza das redações. Ela afirma que temos que pensar a mídia e lembrar a história de luta do jornalismo: "pensar em tecnologia e linguagem, sair do discurso onde, quem, quando... ainda não existe o entendimento do que é a convergência das mídias, das possibilidades de articulação da mídia livre brasileira com as globais. Precisamos de novas pautas. Não dá para continuar do jeito que está".

Renato Rovai (Revista Fórum) iniciou falando da grande mídia, do dinheiro que a sustenta e, em seguida, explicou o que é e quando começou a mídia livre, pontuiando as diferenças entre as duas. "Eles nos acusam de receber dinheiro do Estado. Vivem dizendo que os nossos veículos não existiriam se não fosse a publicidade oficial. Só que nenhum veículo comercial conseguiria viver um ano sequer sem contar com os recursos publicitários e subsídios desse mesmo Estado".

Sérgio Amadeu (Cásper Líbero) elucidou as possibilidades de comunicação oferecidas pelas novas tecnologias, em especial pela internet. Dentre elas está a diminuição dos custos e a agilidade para a difusão da informação. Completou exemplificando que escrever para um blog é muito mais barato que produzir um jornal impresso, sendo assim, com a internet todos passaram a ser produtores e receptores de informação. Sérgio afirmou, também, que sites como o Google, o Youtube e o Yahoo, os 3 mais acessados do mundo, concentram informações que norteiam a economia da informação. Essa economia da informação se dá pela audiência. Disse que a mídia livre é um espaço não somente para falar, mas também por ser ouvido.

Maria Pia (Overmundo) e Oana Castro (AMARC) finalizaram, defendendo a democracia da informação. A mídia livre não deve se tornar semelhante a mídia hegemônica, pois nela estão as novas possibilidades, proporcionadas pelos diversos olhares, para uma comunicação compartilhada.

Participaram da mesa os debatedores: Sérgio Amadeu (Cásper Líbero), Renato Rovai (Revista Fórum), Ivana Bentes (UFRJ), Sóter (Abraço), Antonio Martins (Le Monde Diplomatique), Michael Hardt - EUA (a confirmar), Oona Castro (Overmundo), Maria Pia (AMARC), Gustavo Gindre (Intervozes). Mais informações sobre o Fórum Mundial da Mídia Livre estão disponíveis no blog: http://forumdemidialivre.blogspot.com/

www.apn.org.br

sábado, 24 de janeiro de 2009

Fórum de Rádios no FSM 2009



Entre os dias 26 de janeiro e 1º de fevereiro, rádios comunitárias, livres, rádios cidadãs e coletivos de rádios estarão mobilizados para difundir notícias do Fórum Social Mundial – que este ano acontece em Belém (PA) – para o mundo todo, pela Internet. Trata-se do Fórum de Rádios, um espaço compartilhado pelas rádios participantes nos Fóruns Sociais e que propõe um projeto de intercâmbio na produção de informação livre em diversos formatos.

Participarão desta iniciativa com uma cobertura completa do Fórum, a Agência Informativa Pulsar e a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC). E a OBORÉ, como Escritório Paulista da AMARC, não poderia ficar de fora dessa mobilização. A partir de segunda-feira (26), notas diárias, áudios, fotos, entrevistas e programas ao vivo gerados em Belém estarão disponíveis na página especial da Agência Pulsar em português e espanhol.

Além disso, o Fórum de Rádios realizará uma cobertura internacional ao vivo com programação multilíngüe e também compartilhada pela da Internet. Os arquivos de áudio da cobertura ao vivo e as reportagens e entrevistas vão ficar à disposição no endereço www.foroderadios.org

Todas as iniciativas radiofônicas poderão se unir à programação compartilhada entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro. O Fórum de Rádios, junto com o Fórum da TV, a Ciranda, o Laboratório de Conhecimentos Livres e Belém Expandida fazem parte dos projetos compartilhados que vão fazer parte da comunicação independente e alternativa integrada no Centro Alternativo de Imprensa do FSM 2009.

Ficou interessado? Então crie seu grupo de apoio local e retransmita o sinal durante o FSM em Belém. Você também pode mandar suas produções para serem divulgadas no endereço web www.foroderadios.org. Pode ser uma nota de imprensa, reportagem ou campanhas relacionadas com os diferentes temas propostos para o FSM 2009.

Acesse também:
http://www.foroderadios.org/
http://www.forumsocialmundial.org.br/
http://www.fsm2009amazonia.org.br/

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

AGRONEGÓCIO: Governo prepara projeto de lei contra queimadas



SÃO PAULO, 22 de janeiro de 2009 - O governo deve enviar ao Congresso projeto de lei para acabar completamente com as queimadas nos canaviais até 2020. A previsão é dar início ao plano de redução em 2010, e quem não cumprir poderá ser punido, por exemplo, com multa ou restrição de crédito. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

De acordo com Minc, a partir do ano que vem, a meta é reduzir as queimadas em 20%. Em 2012, a queda deverá ser de 30%. Dois anos depois, de 50%. Em 2018, 80%, e em 2020, último ano do cronograma, chegar a 100%. O plano de redução valerá também para os usineiros que já usam máquinas na colheita da cana.

O ministro não soube informar se as metas são para cada produtor ou em nível nacional, porque o texto do projeto está em fase de elaboração, mas revelou que o plano deve ser anunciado em fevereiro.

Minc disse ainda que no caso das novas áreas de plantação de cana, os produtores só terão crédito se não utilizarem o processo de queimada na colheita, mas que depois da aprovação do projeto de lei elas estarão imediatamente impedidas desse tipo de prática, obedecendo o cronograma estabelecido.

"Nas áreas novas, só vão ter crédito sem queimada. Nas áreas atuais, elas terão, se essa lei for aprovada (pelo Congresso Nacional), que cumprir esse cronograma para a redução progressiva das queimadas, prevista em lei", afirmou.

Sobre punições, ele citou poucos exemplos, como multa e restrição de crédito, porém preferiu não entrar em detalhes. "Qualquer lei existe quando tem punições, como a lei não está elaborada não vou dizer qual é a punição para cada artigo dela", disse.

De acordo com dados do ministro, os canaviais atuais somam 7 milhões de hectares. Para expandir a produção de etanol, são necessários mais 6 milhões de hectares para o cultivo da cana, e o país dispõe de 40 milhões de hectares de terra disponíveis.

Mais uma vez, o ministro do Meio Ambiente garantiu que não serão instaladas usinas para produção de álcool a partir da cana, na Amazônia e no Pantanal. "Há acordo dos ministérios de que não haverá nenhuma nova usina de cana no Pantanal, nem na Amazônia, nem em área de vegetação nativa", reafirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou Minc e outros ministros ao Planalto para discutir o zoneamento agroecológico da cana, regras sobre como e onde as lavouras podem ser instaladas. O projeto de lei da redução das queimadas, anunciada pelo ministro, integra o zoneamento.

Além de Minc, participaram do encontro os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Casa Civil, Dilma Rousseff.

As informações são da Agência Brasil. (Redação - InvestNews)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O potencial das ondas brasileiras


Projetos pilotos já são planejados para o Ceará e Santa Catarina, estado com maior capacidade do país.

Paula Scheidt

Parque de Ondas da Aguçadora, em Portugal, a primeira usina de aproveitamento da energia das ondas do planeta. - Imagem: EPA/João Abreu Miranda

Com mais de sete mil quilômetros de costa marítima, o Brasil ainda investe timidamente no desenvolvimento de usinas de ondas, uma fonte energética com potencial para a produção de 20 gigawatts entre 2010 e 2020, 40% a mais do que a maior usina hidrelétrica do mundo - Itaipu.

Professor de estruturas oceânicas e tecnologia submarina do Programa de Engenharia Oceânica da COPPE/UFRJ, Segen Farid Estefen, diz que o país pode ter uma tecnologia própria, com a participação de empresas brasileiras, se apostar na inclusão desta fonte na matriz energética.

Existem dois tipos de energia relevantes e em grande escala que podem ser aproveitadas no mar. Uma delas é a das marés, que acontece duas vezes ao dia, mais ou menos a cada 12 horas. A outra é das ondas, que quando quebra na beira da praia, dissipa toda a energia transportada do alto mar. Por isso, o seu aproveitamento deve ser feito em profundidades de 15 a 20 metros.

Relatos comprovam que há mais de 100 anos os ingleses já faziam experiências para transformar este movimento em energia mecânica e, depois, em energia elétrica e, assim, ter iluminação pública. Porém o inimigo sempre foi a própria onda, já que possui um grande poder de destruição, caso venha com muita intensidade.

O desafio sempre foi manter a estrutura intacta em momentos extremos. Estefen destaca que, com a evolução tecnológica, agora está sendo possível retomar a energia das ondas como uma fonte real e potente para a produção elétrica. “Todos esses mecanismos mostram que a próxima década será a das energias do mar, ao menos isso é o que nós apostamos.”

A primeira usina de energia das ondas do mundo, o Parque de Aguçadoura, foi construída no ano passado em Portugal, na Póvoa de Varzim. O objetivo é ter, neste ano, 28 balsas capazes de gerar 24 megawatts, o suficiente para fornecer energia para 250 mil habitantes.

O núcleo de pesquisas da COPPE/UFRJ é referência no assunto e já trabalha na formação de uma rede com outras universidades, inclusive planejando projetos pilotos para o Ceará e Santa Catarina. “Nós temos condições muito boas na região do Ceará e no Rio Grande do Norte, em função dos ventos alísios, mas em termos energéticos, Santa Catarina é o estado com maior potencial para a energia das ondas”, afirma Estefen.

Potencial catarinense

A costa catarinense recebe ondas “muito energéticas” vindas do sul, explica o professor, levando a vantagem em relação ao Rio Grande do Sul devido a grande quantidade de lama do litoral gaúcho, que amortece o potencial. A COPPE estuda três locais para a implantação de um projeto piloto em Santa Catarina: a ilha do arvoredo, uma das duas unidades de conservação marinha do país; a ilha da paz, ao Norte do estado; e a área de Imbituba, conhecida pelas presença de baleias francas.

Quanto aos impactos para a fauna e flora, Estefen ressalta que é um aspecto muito analisado antes de determinar onde instalar uma usina de energia das ondas. “Temos que levar em conta a rota migratória desses grandes mamíferos, principalmente se for um local de reprodução”.

Potencial nordestino

Outro projeto piloto, em menor escala que o previsto para o sul do país, está em andamento na cidade de Pecém, no norte do Ceará, em parceria com a Aneel e a Tractebel. “Esse é um projeto pequeno, com apenas dois flutuadores, para gerar 50 quilowatts e com o objetivo de fazer aprimoramentos e monitoramentos para, depois, evoluir”, explica Estefen.

Para o Nordeste, há ainda um projeto já com o apoio do BNDES para a colocação de quatro flutuadores em Fernando de Noronha, em um programa do governo de Pernambuco de substituição da matriz energética, que inclui a energia eólica.

Segundo Estefen, outras vantagens da Coppe/UFRJ em relação a outros centros de pesquisas oceânicas no mundo, é a experiência de mais de 30 anos de um trabalho intenso com a Petrobras no mar e os laboratórios, que são exclusivos para este fim.

“Não estamos partindo do zero e isso nos dá um diferencial importante em relação a outros centros no mundo. E eu diria, sem sombra de dúvidas, que ninguém que está pesquisando esta energia tem os laboratórios que a gente tem disponível para fazer estas pesquisas”, comenta.

Fonte: Envolverde / CarbonoBrasil.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Parcerias entre ONGs e empresas


Evelyne Leandro

Quando a atuação das ONGs passa a ser mais efetiva no Brasil, a partir da
década de 90, suprindo necessidades sociais que o Estado não era (e ainda não é, em muitos aspectos) capaz de atender, inicia-se um movimento de saída de recursos internacionais do país, tanto porque as instituições de cooperação internacional mudam seu foco para regiões menos privilegiadas, como a África, quanto porque estas instituições passam a perceber que o mercado privado e o Estado têm capacidade de assumir essa função de financiadoras.

Começa, então, a participação mais efetiva da iniciativa social privada no país, fortalecendo-se e ampliando-se cada vez mais. As empresas passam a adotar os investimentos em projetos sociais como diferencial competitivo, uma vez que, em paralelo a essas iniciativas começa-se a discutir os princípios e preceitos da responsabilidade social empresarial. Surgindo, através disso, as conhecidas parcerias entre empresas e ONGs.

Essas parcerias são estabelecidas mediante contratos de patrocínio em que a empresa cede os recursos necessários (físicos, financeiros e/ou humanos) para a execução de um determinado projeto social. Conquanto, dar-se início a uma relação de troca muito maior do que a apenas de recursos.

O método de gestão das empresas, até então, difere-se do método de gestão das ONGs. Enquanto uma está visivelmente preocupada com o retorno financeiro e de imagem que uma iniciativa vai oferecer, outra está preocupada com o impacto social que seu projeto vai gerar independente dos recursos utilizados. Então, as empresas estabelecem algumas regras para a utilização dos recursos que serão cedidos.

Regras essas estabelecidas antes mesmo do contrato de parceria. Para que uma ONG tenha acesso a recursos oriundos da iniciativa social privada, ela deve atender determinados pré-requisitos que comprovem que elas estão aptas a gerir tanto o projeto quanto os bens destinados a tal. Dar-se início à discussão sobre profissionalização do terceiro setor, adequação de métodos de gestão, avaliação e monitoramento de projetos sociais, implementação e divulgação de indicadores de resultados, entre outros. Ou seja, as ONGs passam a absorver conceitos mercadológicos, chegando a igualar sua estrutura gerencial e administrativa a de uma empresa de pequeno ou médio porte.

A influência da empresa financiadora do projeto passa a ser vista como uma relação de poder, como uma forma de dizer à ONG qual a forma correta de gerenciar seus projetos, com a conseqüência de ter seu patrocínio cortado caso não mostre a eficiência necessária. Mais uma vez, falamos de resultados gerenciais, baixos custos, boa gestão, metas atendidas, objetivos alcançados etc. Tem-se, dessa forma, uma privatização do setor social, como alguns teóricos chamam de setor 2,5 e não mais terceiro setor.

Essa influencia pode ser encarada de forma positiva desde que os requisitos impostos pelo financiador/patrocinador não batam de frente com a missão da ONG, que não a impeça de agir conforme seus valores e objetivos. Se essas exigências contribuírem para o alcance de impactos extraordinários, criação de tecnologias sociais que possam ser replicadas em outra comunidade e que, à medida que o tempo for passando, os problemas sejam sanados, é sinal de que a parceria foi um sucesso.

Cabe à ONG saber a quem recorrer, pois existem empresas que atuam na iniciativa social privada apenas por ter passado a ser uma exigência social
e, cabe às empresas identificarem até onde podem exigir de uma ONG para que ela não perca sua identidade social. Há de se achar um meio termo.

Texto disponível em: evelyneleandro.wordpress.com

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Projetos favoráveis ao meio ambiente podem ser inscritos até 31 de janeiro para concorrer na Competição Meio Ambiental Live EDGE com prêmios de US$


- Desafio em âmbito mundial oferece a estudantes e profissionais de engenharia oportunidades raras de comercializarem seus projetos
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LONDRES, 13 de janeiro /PRNewswire/ -- Premier Farnell plc (LSE: pfl), distribuidora líder em multicanais e de serviço de alta qualidade e suas empresas (Farnell, Newark, Premier Electronics, Farnell-Newark CPC e MCM) anunciaram hoje que as inscrições na competição internacional de projetos, Live EDGE -- Projeto Eletrônico para o Meio Ambiente Mundial, estarão abertas até 31 de janeiro de 2009. Desde que a competição foi aberta, em outubro passado, engenheiros, estudantes e professores da área de projetos de engenharia do mundo inteiro já se inscreveram no website

http://www.live-edge.com a fim de enviar projetos para um produto inovador que utilize componentes eletrônicos e que tenha um impacto positivo sobre o meio ambiente. Até agora, a maioria das inscrições vêm da Índia, EUA e China.

Um pacote de prêmio exclusivo será oferecido tanto na competição para estudantes quanto na competição aberta ao público geral. Ambas competições estão sendo realizadas concomitantemente. O vencedor de cada competição receberá um prêmio em dinheiro no valor de US$25.000, além de um pacote, exclusivo de serviços de suporte, avaliado em mais US$25.000, de especialistas em projeto dos setores de consultoria, marketing, jurídico e comercial para que os projetos vencedores sejam levados à produção. Além disso, os três primeiros colocados de cada competição receberão, cada um deles, US$5.000.

"Estamos muito felizes que o momento de começar a julgar a competição Live EDGE de 2008 está se aproximando e aguardamos ansiosamente a oportunidade de, novamente, testemunhar a capacidade brilhante de nossos clientes do mundo inteiro", diz Harriet Green, CEO da Premier Farnell plc. "Mais uma vez, a Live EDGE apresentará os projetos mais inovadores da comunidade de engenharia internacional. A competição do ano passado foi um estrondoso sucesso. Estou ansiosa para ver os vencedores deste ano e ajudar a comercializar seus projetos".

Diversos dos vencedores da competição Live EDGE do ano passado criaram blogs oferecendo conselhos aos participantes e detalhando sua experiência. Esses blogs, uma amostra de projeto participante e detalhes completos sobre o desafio podem ser encontrados no website http://www.live-edge.com . Grupos do desafio da competição de projetos Live EDGE também estão disponíveis no Facebook e no LinkedIn.

Sobre a competição Live EDGE:

Engenheiros, estudantes e inventores da área de engenharia eletrônica do mundo inteiro são convidados a inscrever na competição projetos para um produto inovador que utilize componentes eletrônicos e tenha um impacto positivo sobre o meio ambiente.

As inscrições podem ser enviadas entre 1o de outubro de 2008 e 31 de janeiro de 2009. As inscrições começarão a ser julgadas em 1o de fevereiro de 2009 e os vencedores serão anunciados em 2 de abril de 2009. A competição está aberta a qualquer indivíduo com 18 anos de idade ou mais.

O participante vencedor, tanto da categoria para estudantes em tempo integral quanto da categoria aberta ao público em geral, receberá um prêmio em dinheiro no valor de US$25.000, além de um pacote de suporte avaliado em mais US$25.000 para que seu projeto seja levado à produção. O pacote de suporte inclui serviços de consultoria em projeto na área de eletrônica para ajudar a desenvolver os projetos até a fase de protótipo, assistência com questões legais e registro de patente internacional, serviços limitados de marketing e publicidade, bem como a ajuda da Premier Farnell com a finalidade de obter financiamento para o investimento. O grupo comercializará ativamente o produto final para milhões de clientes do mundo inteiro por meio de seu website, catálogo e marketing direto líderes do mercado.

Além disso, até três participantes da categoria para estudantes em tempo integral e três participantes da categoria aberta ao público em geral estarão qualificados para "menções honrosas", cada um deles recebendo um prêmio em dinheiro no valor de US$5.000.

Mais informações sobre a competição Live EDGE estão disponíveis no website www.Live-EDGE.com .

Sobre a Premier Farnell

Premier Farnell plc (LSE: pfl) é uma distribuidora líder de alta qualidade e multicanais de produtos e serviços especializados eletrônicos e industriais na Europa, Américas e Ásia do Pacífico. A companhia atinge o mercado com uma proposição de valor diferenciada, marketing de classe mundial e uma ampla gama de ofertas, com mais de 450.000 produtos e acesso a mais 4.000.000 itens de 3.500 dos principais fabricantes. O grupo apresenta vendas de 823,1 milhões de libras esterlinas e conta com mais de 4.100 funcionários no mundo inteiro.

Apesar de seu escopo de âmbito mundial, a Premier Farnell reconhece as necessidades individuais de cada mercado e adapta internacionalmente seu modelo de acordo com isso conduzindo negócios localmente sob nomes de marca diferentes. Seus principais negócios no setor de eletrônica atuam como Farnell, no Reino Unido, Índia, Europa, Austrália e Nova Zelândia; Newark, nos EUA, Canadá e México, e Premier Electronics, na China. Em Cingapura, Malásia, Hong Kong e Brasil, a companhia é conhecida como Farnell Newark.

Há três anos, a Premier Farnell participa do Business in the Community CR Index (Índice de Responsabilidade Corporativa das Empresas na Comunidade) e, nos últimos dois anos, foi uma das companhias incluídas no índice que ofereceu mais aprimoramentos. Além disso, a companhia é membro do relatório do FTSE4Good Index of Corporate and Social Responsibility (Índice de Responsabilidade Corporativa e Social FTSE4Good) e, desde 2002, publica seu próprio relatório de Responsabilidade Social Corporativa.

Para obter mais informações visite o website no endereço http://www.premierfarnell.com