terça-feira, 25 de novembro de 2008

Cresce a reciclagem dos plásticos no Brasil


780 empresas recicladoras, levantadas na pesquisa da Plastivida, faturaram R$ 1,8 bilhão e geraram 20 mil postos de trabalhos diretos em 2007.

Pesquisa da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos aponta que a reciclagem de plásticos no Brasil deu um importante salto nos últimos anos. Desenvolvida com base em 2007, de acordo com metodologia do IBGE, a pesquisa mostra que, em cinco anos, a atividade no País tem crescido a uma taxa de 13,7% ao ano. Se em 2003 eram recicladas 702.997 toneladas de plásticos, em 2007, esse montante passou para 962.566 toneladas.

A quantidade de empresas recicladoras aumentou. Em 2003, eram 492 no País, contra 780 levantadas no ano passado, o que representa aumento de 14,6% ao ano. O faturamento total da atividade também cresceu, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2003 para R$ 1,8 bilhão em 2007. A taxa média de crescimento no período é de 12,1%.

A pesquisa revela também que houve uma evolução na quantidade de postos de trabalho diretamente gerados pela atividade de reciclagem de plásticos no Brasil. Em 2003, eram 11.500 empregos diretos na atividade contra 20 mil constatados no ano passado, crescimento médio de 17,4% ao ano.

Das 780 empresas de reciclagem do Brasil, a região Sudeste concentra a maior parte delas, ou seja, 464 empresas, que representam 59,5% do total. Na seqüência, a região Sul se apresenta com 204 empresas (26,2%). 69 empresas encontram-se no Nordeste (8,8%), o Centro-Oeste conta com 33 empresas (4,2%) e a região Norte do País com 10, que equivalem a 1,3% do total.

Do total dos plásticos reciclados, em 2007, ou seja 962.566 toneladas, o Sudeste aparece em primeiro lugar com 577.540 toneladas (60%); seguido do Sul, com 240.642 toneladas (25%); em terceiro lugar aparece a região Nordeste com 115.508 toneladas (12%); o Centro-Oeste com 19.251 toneladas (2%); e Norte com 9.626 (1%).

A pesquisa também apontou quais os segmentos que mais consumiram plásticos reciclados em 2007. Os bens de consumo são os maiores demandantes do produto: os semiduráveis (utilidades domésticas, segmento têxtil, brinquedos, descartáveis, limpeza doméstica, calçados e acessórios), demandaram 52,3% dos plásticos reciclados em 2007; os bens de consumo duráveis (automobilístico, eletroeletrônico, móveis, entre outros), consumiram 18,7%. A agropecuária demandou 9,6% de reciclados, a construção civil, 11,9% e outras aplicações 7,5%.

O nível operacional médio da indústria brasileira de reciclagem de plásticos, em 2007, foi de 70,6% da capacidade instalada, que é de 1,5 milhão de toneladas. Para o presidente da Plastivida, Francisco de Assis Esmeraldo, a ociosidade ainda existente pode ser traduzida pela falta de ações efetivas por parte dos municípios no que diz respeito aos resíduos sólidos. “No Brasil, dos 5.564 municípios, somente 7% contam com coleta seletiva”, afirma o executivo.

Em relação aos cuidados ambientais que as empresas devem ter em seus processos produtivos, a pesquisa aponta que a totalidade delas, que faz a lavagem do resíduo plástico, tem algum tipo de tratamento de efluente como lagoas, decantadores e outros.

A pesquisa sobre o índice de reciclagem dos plásticos foi encomendada pela Plastivida à Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial.



Fonte: Marcio Freitas - Yellow Comunicação.

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