sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Madonna desembarca no Rio de Janeiro


Anderson Ramos
Direto do Rio de Janeiro

A cantora Madonna desembarcou por volta das 6h no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, zona norte do Rio de Janeiro. De lá, ela seguiu para o Hotel Copacabana Palace, na zona sul, sob um forte esquema de segurança.

A cantora, que tinha chegada prevista para o fim da tarde de hoje, driblou a imprensa e os fãs em sua chegada no aeroporto após fazer dois shows em Santiago, no Chile.

Batedores fecharam vias importantes nos bairros de Botafogo, Leme e Copacabana para a passagem de comboio de veículos da cantora. Mesmo com chuva, alguns fãs esperavam a chegada de Madonna.

Na chegada, um veículo despistou a imprensa e os fãs que faziam vigília na porta, enquanto o Audi Q7 preto em que estava a cantora norte-americana entrou pela porta lateral do hotel.

Madonna fará cinco apresentações no Brasil. Nos dias 14 e 15, domingo e segunda-feira, a cantora se apresenta no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Depois, a popstar segue para São Paulo onde fará três shows nos dias 18, 20 e 21.

Especial para Terra

'Os Reciclados': heróis que defendem o meio ambiente


Numa co-produção da Aqueles Caras, Dulado e Canal Imaginário, a TV Rá Tim Bum estréia neste sábado, dia 13, a série animada "Os Reciclados". Os novos heróis vão defender o meio ambiente da poluição e lutarão contra o vilão Lixão e seus comparsas. Os episódios vão ao ar os aos sábados e domingos nos seguintes horários: 8h10m, 15h50m e 19h50m.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

WWF-Brasil traz oficialmente a Hora do Planeta para o País


Poznan, Polônia - Diversos eventos ao redor do mundo, sendo o principal deles hoje na 14ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada na cidade de Poznan (Polônia), marcam o lançamento mundial da Hora do Planeta 2009. Conhecida globalmente como Earth Hour, a Hora do Planeta é uma iniciativa da Rede WWF para mobilizar a sociedade em torno da luta contra o aquecimento global, realizada desde 2007. No próximo ano, o Brasil também vai participar. No dia 28 de março de 2009, às 20h30, o WWF-Brasil irá convidar pessoas, empresas e governos a apagarem as luzes por uma hora.

O principal objetivo é mobilizar a sociedade para influenciar os líderes mundiais que irão se encontrar em Copenhagen (Dinamarca), em dezembro de 2009, a assinar um novo acordo global sobre mudanças climáticas. A ação, que espera atingir mais de 1 bilhão de pessoas, em 1.000 cidades ao redor do mundo, já conta com a adesão oficial de 74 cidades, em 62 países.

O diretor-geral da Rede WWF, Jim Leape, afirma que "quando os líderes globais se encontrarem em Copenhagen em dezembro de 2009 para negociar um novo acordo de clima eles estarão, certamente, influenciados pela mobilização da Hora do Planeta". Para ele a ação é uma "oportunidade poderosa para mandarmos um sinal que todos estamos atentos e aguardando soluções".

Para chamar a atenção, as cidades participantes apagam ícones reconhecidos internacionalmente. O Coliseu, em Roma (Itália), a ponte Golden Gate, em São Francisco (Estados Unidos), e a Sidney Opera House, em Sidney (Austrália) foram alguns dos ícones globais que tiveram suas luzes desligadas na edição de 2008, quando 50 milhões de pessoas de 35 países e mais de 400 cidades apagaram as luzes por uma hora.

O ano de 2009 será crucial para o futuro do planeta. Espera-se que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em dezembro do próximo ano, em Copenhagen, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa."Por isso iremos trazer a Hora do Planeta oficialmente para o País. Precisamos mostrar que a sociedade brasileira também está atenta e preocupada com o futuro do nosso planeta", explica a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Sobre o WWF-Brasil

O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Sobre a Hora do Planeta

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa global da Rede WWF sobre mudanças climáticas. No sábado, dia 28 de março de 2009, às 20h30, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global. Na primeira edição, realizada em 2007 na Austrália, 2 milhões de pessoas desligaram suas luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todas as partes do mundo aderiram à ação. Em 2009, a Hora do Planeta pretende atingir 1 bilhão de pessoas em mil cidades.







Fonte: WWF Brasil.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O diploma e o trabalho comunitário


Tenho lido vários artigos de jornalistas colocando como um paradoxo fazer, ao mesmo tempo, a defesa do diploma e do trabalho de comunicação comunitário. Que fazer com os jornais de bairro, que são a expressão da fala da comunidade? Como exigir ali, a figura do jornalista profissional? E as rádios comunitárias? Que fazer, se os políticos e empresários calhordas de sempre já estão se apropriando das rádios comunitárias? Bom, eu tenho algumas provocações para estas questões.

A questão do diploma é um elemento da luta de classe na sociedade capitalista. Defesa da profissão, defesa do corpo. Nada mais do que isso. Já escrevi sobre esse tema num longo artigo que pode ser encontrado no endereço: http://www.iela.ufsc.br/?page=noticias_visualizacao&id=562. E, por ser tão simples, acaba soando como insuficiente, mas não é. O diploma não se reveste, certamente, na fórmula mágica que garantirá um jornalismo de qualidade. Longe disso, a considerar o que se ensina na maioria das universidades: jornalismo gosmento, adesista, cortesão. Mas, na relação entre patrão e empregado, longe dos consensos habermasianos, o diploma é nossa garantia de proteção. Assim, no velho confronto capital x trabalho temos de apresentar nossas armas, e uma delas é a formação superior representada pelo diploma.

Já o trabalho de comunicação comunitária, onde aparecem os informativos de bairro e rádios comunitárias que não visam lucro, está inserido na lógica da soberania comunicacional. Ou seja, é direito de cada ser humano encontrar espaços para exprimir a sua palavra e, num país como o nosso, dominado pelo monopólio da mídia, estes veículos são essenciais para garantir a democratização da informação. As empresas que formam a grande mídia, para as quais vendemos nossa força de trabalho como jornalistas diplomados, estão absolutamente comprometidas com a defesa do sistema capitalista. Já a mídia independente pode – o que significa que às vezes não o faz – estar a serviço da transformação. Daí ser obrigação de quem pensa o mundo e o quer diferente, apoiar estas iniciativas.

É certo que tanto nos jornais de bairro como nas rádios comunitárias é possível encontrar oportunistas que apenas querem ganhar dinheiro e se dar bem, mas isso sempre haveremos de encontrar e faz parte da luta maior por uma sociedade diferente. Nosso compromisso como jornalistas é estar afinado com as iniciativas populares, transformadoras, rebeldes, inclusive servindo como agentes de formação. Se os comunicadores populares receberem uma boa formação de jornalistas, terão muito mais condição de fazer um bom trabalho comunitário.Mas, toda esta problemática precisa estar contextualizada na órbita da luta de classe. Tanto na grande mídia quanto na mídia independente e popular os interesses vão aparecer, e eles serão ora egoístas, ora altruístas. Cabe a nós, jornalistas envolvidos na luta por um mundo novo, estabelecer o embate, ficar firme nas trincheiras, formar gente nova capaz de inocular o sonho da transformação.

Agora, se a categoria dos jornalistas prefere o imobilismo de suas redações assépticas, se entende a comunicação popular como uma concorrente, se não consegue perceber a diferença de um trabalho feito para garantir a reprodução da vida dentro do sistema opressor e outro voltado para a transformação da sociedade, então aí a coisa fica difícil. Antes de condenar os comunicadores populares, talvez fosse bom cada jornalista parar um pouco e pensar porque raios essa gente é necessária. Se as comunidades empobrecidas estão inventando sua comunicação a despeito de todas as leis é porque alguma coisa anda cheirando mal no reino do Brasil. O jornalismo que se pratica nos grandes e médios meios de comunicação não dá conta da vida das gentes, não expressa a batalha que acontece nas ruas do mundo todos os dias. O jornalismo que se vê é cortesão, é redutor, é descontextualizado, desligado da vida real, está a serviço da opressão e da ideologia.

Então, a nós, cabem algumas mudanças como, por exemplo, fazer jornalismo de verdade, tal qual ensina Adelmo Genro Filho, recuperando a totalidade do fato, enfrentar os patrões, aproveitar as brechas, produzir teoria nova, estabelecer parceria com a vida mesma. Ou isso, ou as gentes passarão, e com muita razão, por cima de nós. Com isso repito o que venho insistindo desde sempre: o diploma é importante na relação com o patrão, mas ele não dá conta do jornalismo que precisamos praticar. Defender o diploma? Sim. Mas, fundamentalmente pensar em fazer, enfim, jornalismo, é mais do que fundamental.

Elaine Tavares
Texto retirado do blog: http://www.eteia.blogspot.com/

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Bariri tera show de Frejat, chitãozinho & Chororó e Art Popular gratuito na Praça da Matriz



Três atrações musicais farão show em Bariri nesta semana. As apresentações serão na Praça da Matriz, com início às 21h e entrada gratuita. A iniciativa é da prefeitura da cidade.
Amanhã o show ficará por conta do grupo de pagode Art Popular. Na quinta-feira é a vez da dupla Chitãozinho e Xororó. Na sexta-feira sobe ao palco o cantor Frejat, ex-vocalista do grupo de rock Barão Vermelho.
Segundo o prefeito de Bariri, Francisco Leoni Neto, os shows de fim de ano têm como objetivo proporcionar entretenimento e cultura à população e incentivar o comércio local, que estará aberto no período noturno.
O grupo Art Popular tocará, durante aproximadamente uma hora e meia, pagodes que marcaram a banda, como Agamamou, Pimpolho e Sai da Frente, e sucessos atuais, como Chega Dessa Dor e Eu Tô na Boa.
A novidade do grupo é a presença do cantor Pedrinho Black, um dos destaques do programa Ídolos, da TV Record. O Art Popular tem 14 CDs gravados ao longo da carreira; o último álbum – Authentico – é de 2006.
Na quinta-feira o show é de Chitãozinho e Xororó. A dupla vai apresentar seus clássicos sertanejos consagrados ao longo dos 38 anos de carreira.
Eles gravaram seu primeiro disco, Galopeira, em 1970, mas o sucesso só veio em 1982 com a música Fio de Cabelo, que vendeu mais de 1,5 milhão de discos e abriu as portas das rádios FMs para a música sertaneja.
No mês passado, Chitãozinho e Xororó levaram o Grammy Latino, prêmio obtido com o CD Grandes Clássicos Sertanejos na categoria Melhor Álbum de Música Tradicional Regional ou de Raízes Brasileiras.
Para encerrar as atrações musicais do fim de ano, Frejat fará show na sexta-feira.
Cantor, compositor e guitarrista brasileiro, ele foi o vocalista e é um dos fundadores da banda Barão Vermelho, fato ocorrido em 1981.
Amor pra Recomeçar, de 2001, foi o primeiro álbum-solo de Frejat. Depois vieram Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo (2003) e Intimidade entre Estranhos (2008).

Embrapa desenvolve motor movido a lixo e sobras da agricultura


O pesquisador da Embrapa Luiz Guilherme Wadt fala sobre o motor multicombustivel, apresentado pela estatal durante o Congresso Mundial de Engenharia

Ivan Richar

Brasília, DF - Um motor que utiliza até lixo e sobras da agricultura como combustível para funcionar. Essa foi uma das novidades apresentadas por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Exposição Tecnológica Mundial (Expowec 2008), realizada em Brasília. O evento terminou sábado (6/12).

De acordo com o pesquisador da Embrapa, Luiz Guilherme Wadt, o equipamento poderia ser uma boa ferramenta para conciliar a produção de energia elétrica à preservação do meio ambiente.

“É um motor de combustão externa, ou seja, a fonte de energia que faz ele trabalhar fica do lado de fora. Com isso, pode-se usar qualquer tipo de combustível, como o biodiesel, etanol, resíduos da agricultura, madeira, carvão, combustíveis fósseis como carvão mineral e derivados de petróleo”, explicou.

Segundo o pesquisador, restos de animais oriundos da criação de frangos e dejetos da criação de porcos também poderiam ser utilizados como fonte de combustível do motor. O funcionamento consiste em equilibrar ondas de calor e frio que fazem os pistões funcionarem de forma constante.

“Imagine uma casa no campo em que um agricultor de baixa renda more lá e não tenha energia elétrica. Ele poderia ter um pequeno motor desse colocado no fogão de lenha. Enquanto a dona de casa faz a comida, esse motor geraria energia suficiente para carregar a bateria que, mais tarde, propiciaria que ele tivesse iluminação na casa”, exemplificou Wadt, ressaltando que o motor não serviria para uso em automóveis e caminhões.

“É um motor que tem algumas características próprias. Ele não serviria para o uso automotivo. Ele tem o torque constante, ou seja, faz força sempre do mesmo jeito e na mesma velocidade”, afirmou.

“Ele é muito útil para um duplo gerador produzindo energia elétrica, para movimentar uma bomba d’água, em sistemas de ventilação, como em granjas, em sistemas de troca de calor, como nos aparelhos de ar condicionado. Porque ele sempre vai trabalhar na mesma velocidade e na mesma potência”, complementou o pesquisador.

A principal preocupação com o desenvolvimento do novo motor, disse Wadt, é a preservação do meio ambiente. “A nossa visão é a de aproveitar os resíduos. Aquilo que ia ser jogado fora, de repente, pode ser usado como combustível. Então, não estamos preocupados com o uso nobre do combustível. Quando se tem um bom combustível, como o etanol, claro que será usado em um motor automotivo. Nesse, vamos aproveitar os resíduos, que iriam para o lixo ou para o meio ambiente”, destacou.





Fonte: Agência Brasil.

sábado, 6 de dezembro de 2008

ONGs deixam negociação sobre Código Florestal


BRASÍLIA - Nove organizações não-governamentais ambientalistas se retiraram da negociação sobre mudanças no Código Florestal, que vinham sendo discutidas com os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e parlamentares. O motivo da discórdia, segundo as ONGs, foi uma proposta apresentada pelo ministro da Agricultura, Reinholds Stephanes, que reduz drasticamente a proteção das áreas de conservação em nome do agronegócio.

O pacote, que teria sido acordado com a Frente Parlamentar da Agricultura e apresentado esta semana, propõe "anistia" para propriedades irregulares em áreas de preservação ocupadas até 31 de julho de 2007, a redução da área de reserva legal (percentual de floresta que deve permanecer intacto em imóveis rurais) e a possibilidade de recomposição da mata nativa com espécies exóticas, como o dendê, entre outros.

Na avaliação das organizações ambientalistas, entre elas o WWF, o Greenpeace, o Instituto Socioambiental (ISA) e a TNC, a proposta é "uma verdadeira bomba-relógio" para a biodiversidade.

"Não é possível discutir e negociar com um ministério que, em detrimento do interesse público, se preocupa apenas em buscar anistias para particulares inadimplentes. O processo de negociação deve ser vinculado à obtenção do desmatamento zero", afirmam as ONGs em manifesto.

Em nota, o Ministério da Agricultura negou que tenha pleiteado anistia para os desmatadores. "Esse tema não consta na pauta de discussão do grupo de trabalho". No comunicado, a pasta informa que "defende o desmatamento zero", mas pede mais flexibilidade nas discussões.

"A defesa ambiental exige uma posição protecionista mais rígida. Isso não pode impedir, porém, que sejam ignoradas as áreas agrícolas consolidadas, sem encontrar formas de flexibilização do uso do solo", de acordo com a nota.

O grupo de trabalho deve se reunir na próxima semana para mais uma etapa de negociação, dessa vez sem os representantes da sociedade civil. Quaisquer que sejam as mudanças sugeridas, o texto precisa passar por votação no Congresso Nacional.

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ingrid Betancourt: "Lula sempre agiu discretamente"


A franco-colombiana Ingrid Betancourt está em viagem pela América Latina. Nesta sexta-feira, em São Paulo, a ex-refém das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), declarou:

- Vim ao Brasil agradecer o presidente Lula por um só motivo: por haver me mantido em seu coração.

Ela disse que agradece ao presidente brasileiro porque falou dos seqüestrados quando isso era "politicamente incorreto", em um momento em que se acreditava "que isso estava dando publicidade às Farc". Ingrid disse ainda que o presidente Lula sempre atuou pelos seqüestrados "de uma maneira discreta".

- Esses atos de humanismo criam vínculos afetivos muito fortes (...) Agradeço a ele, mais que como amiga, como irmã.

Ingrid narrou ainda:

- Estava na selva quando escutei que Lula ofereceu o território brasileiro para uma reunião entre o governo Uribe e as Farc em momentos que não havia espaço. (...) Quero agradecer pelo passado, o presente e o futuro, por tudo o que (Lula) vai fazer.

Betancourt falou de um "ano negro" para as Farc, que se encontram "desvertebrada", e mencionou exemplos como a morte dos comandantes Raúl Reyes, Iván Ríos e Manuel Marulanda, assim como a Operação Xeque, em que foi resgatada com outros seqüestrados, e a fuga do congressista Oscar Tulio Lizcano: "Espero que dentro deste ano negro as Farc encontrem um espaço de reflexão".

Mais cedo, a ex-senadora encontrou-se com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pela primeira vez no País desde que foi libertada.

O presidente, durante o encontro em São Paulo, defendeu a libertação de todos os reféns em poder da guerrilha. "As FARC têm uma grande chance de acreditar na democracia e no jogo da política", argumentou.

Lula mencionou que os governos de Rafael Correa (Equador) e Hugo Chavez (Venezuela), como o dele, chegaram ao poder pela via democrática. "Não se ganha eleição seqüestrando pessoas", afirmou.

Na segunda-feira, Betancourt desembarcou no Equador, onde esteve com o presidente Rafael Correa. Em seguida, voou rumo a Buenos Aires para reunir-se com Cristina Fernández de Kirchner.

Na quarta-feira, a franco-colombiana reuniu-se com a presidente chilena, Michelle Bachelet. Ontem, Betancourt já estava em Lima, onde encontrou-se com o presidente peruano Alan García.

Seis anos de cativeiro

No dia 23 de fevereiro de 2002, a então candidata presidencial da Colômbia foi seqüestrada pelas FARC, junto de sua assessora, Clara Rojas.

Betancourt esteve refém dos guerrilheiros até o dia 2 de julho deste ano, quando o Exército colombiano, através da Operação Xeque, libertou a ex-senadora e mais 14 reféns.

Terra Magazine

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Alteração de regime de chuvas afetará agricultura



Jamil Chade, GENEBRA

O desmatamento da floresta amazônica pode causar prejuízos de US$ 1 trilhão. Dados divulgados por especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e por 29 instituições de pesquisa em todo o mundo alertam que as chuvas geradas no Centro-Oeste brasileiro e nos países do Cone Sul vêm em grande parte da evaporação de água da região amazônica. Um desmatamento que comprometa essa evaporação, portanto, afetaria o ciclo de águas e toda a produção agrícola dessa região.

“O Brasil precisa pensar a preservação da Amazônia como uma questão econômica que terá impacto direto em suas exportações e produção agrícola nos próximos 50 anos”, afirmou Pavan Sukhdev, chefe da divisão econômica do Pnuma e ex-executivo do Deutche Bank.

O levantamento, usando dados do cientista brasileiro Antônio Nobre - do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) -, aponta que 20 bilhões de toneladas de água evaporam todos os dias da região amazônica. Parte dessa água acaba chegando ao Cone Sul do continente. “O governo brasileiro precisa entender que preservar a floresta não é um luxo, logo será uma necessidade econômica”, disse Sukhdev. Entre 2000 e 2005, 48% da perda de cobertura florestal no mundo ocorreu no Brasil e 13% na Indonésia.

Para os especialistas, apenas o valor da Amazônia gerando as chuvas no sul e centro do continente já seria um motivo suficiente para proteger a floresta. A avaliação dos cientistas é de que a Amazônia seria a melhor “bomba d’água” e o mais eficiente projeto de irrigação do planeta.