domingo, 21 de dezembro de 2008

23 prefeitos reeleitos respondem processos criminais


A lentidão na justiça permitirá que no dia 1o. de janeiro 23 prefeitos reeleitos assumam o cargo apesar de responderem processos criminais, em São Paulo. De acordo com reportagem de Adamo Bazani, publicada na CBN, são réus de crimes contra o sistema financeiro, investigados por crimes federais e com antecedentes policiais extensos.

“Para se ter uma idéia do fato, dois desses prefeitos reeleitos são réus em oito ações penais. Outro prefeito, sozinho, responde a seis processos por crimes contra o sistema financeiro nacional”, informou a reportagem.

Nelson Mancini Nicolau, prefeito de São João da Boa Vista, está nesta lista. Ele responde a seis processos por crimes contra o sistema financeiro nacional e outra ação que corre sob segredo de justiça, além de ser alvo de três inquéritos policiais.

Os dados chamaram atenção da Procuradoria Regional da República que pede para que os prefeitos-réus sejam julgados em tribunais comuns. Eles contam com foro privilegiado e os processos são analisados em um órgão especial que necessita da opinião de 17 desembargadores para um veredito.

A mudança está sendo proposta pela procuradora regional Maria Iraneide Facchini que responsabiliza a demora nos processos judiciais pelo fato dos prefeitos-réus terem tido o direito de disputar a reeleição e com a vitória tomarem posse no segundo mandato em duas semanas.

Lista dos prefeitos-reús em São Paulo

Prefeitos reeleitos - Ações Penais

José Mauro Barcellos - Patrocínio Paulista
Nelson Nicolau Mancini - São João da Boa Vista

Prefeitos reeleitos - Inquéritos

Alberto de César Caires - Alvares Florense
Antonio Donizete Cicero - Irapuru
Antonio Shicgueyuki Aiacyda - Mairiporã
Aparecido Donizete Martelli - Nova Granada
Cesar Schimacher de Alonso Gil - Americo de Campos
Elcio José Ferreira - Lagoinha
Guedes Marques Cardoso - Pontalinda
Herculano Castilho Passos Jr - Itu
João Carlos de Oliveira - Tapiratiba
José Carlos de Oliveira Martins - Ribeirão do Sul
João Carlos Donato - Vinhedo
João Donizete Theodoro - Adolfo
Jorge Abissamra - Ferraz de Vasconcelos

José Gilberto Saggioro - Itapui

José Milanez Junior - Panorama
José Roberto Rebelato - Bilac
Mário de Souza Lima - Barbosa
Nelson Nicolau Mancini - São João da Boa Vista
Orivaldo Gazoto - Cafelândia
Rubens Furlan] - Barueri
Waldemar Sandoli Casadei - Lins
Wilson Carlos Rodrigues Borini - Birigui

sábado, 20 de dezembro de 2008

Costa brasileira é santuário de baleias e golfinhos



As águas do Brasil agora são consideradas um santuário de baleias e de golfinhos. Um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva proíbe a caça de golfinhos e baleias na costa do país. Segundo a determinação, "estão permitidos a pesquisa científica e o aproveitamento turístico ordenado".


"Há uma queda de braço em nível internacional. O Japão faz pressão mundial para que a caça de baleias seja permitida. A criação do santuário é um recado para os predadores", explicou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Após a publicação da medida em Diário Oficial, o Brasil vai a defender oficialmente a integração de políticas para conservação das baleias e golfinhos em todo o Atlântico Sul, o que inclui também Argentina, Uruguai e países da costa da África, em foros internacionais.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Suzana Itapuiense é Artilheira e campeã pelo Santos


Sereias da Vila vencem e conquistam título inédito

De A Tribuna On-line

As meninas do Santos comandaram a festa na noite desta quarta-feira, no Estádio Ulrico Mursa, nos 3 a 0 sobre o Sport Recife, em um título incontestável: nove vitórias em nove partidas.

O Peixe finalizou o torneio com 28 bolas na rede marcadas e apenas quatro sofridas. O que estava fácil ­ o Alvinegro seria campeão mesmo perdendo por 2 a 0 ­ ficou ainda mais com o gol de Pikena, aos 16 minutos da etapa inicial. Quase sobre a linha e com a meta vazia, ela nem teve trabalho para completar.

Por raras vezes o Sport conseguiu passar do meio-de-campo, enquanto a goleira pernambucana e da seleção brasileira, Bárbara, evitou o pior. Não chegou a tempo para espalmar o chute da volante Fran, aos 31, de longe, à meia-altura e com potência exata. Nos instantes derradeiros do jogo, aos 44, Ketlen (que entrou no segundo tempo) fez grande jogada e colocou a bola entre as pernas de Bárbara, fechando a contagem. "Achamos que seria mais díficil, pois pensávamos que elas iriam para cima", confessou a atacante, de 16 anos.

Faltou apenas o gol da artilheira Suzana, autora de sete gols na competição. Para a cidadã mais ilustre de Itapuí, município paulista de 10 mil habitantes próximo a Bauru, tudo estava completo, apesar de tantas chances incríveis perdidas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Há vinte anos era assassinado CHICO MENDES, O HOMEM DA FLORESTA


Acreano, nascido no seringal Porto Rico, em Xapurí, Chico Mendes se tornou seringueiro ainda criança, acompanhando de seu pai. Como lider sindical, participou ativamente nas lutas dos seringueiros para impedir desmatamentos através dos "empates".

Por lutar por seus ideais, foi cruelmente perseguido. Foram muitas ameaças de morte, como o próprio Chico chegou a denunciar várias vezes, ao mesmo tempo em que deixava claro para as autoridades policiais e governamentais que corria risco de vida e que necessitava de garantias, chegando inclusive a apontar os nomes de seus prováveis assassinos.

A luta dos seringueiros, sob a liderança de Chico Mendes, ganhou repercussão nacional e internacional, principalmente com o surgimento da proposta de "União dos Povos da Floresta", buscando unir os interesses de índios e seringueiros em defesa da floresta amazônica e propondo ainda a criação de reservas extrativistas que preservam as áreas indígenas, a própria floresta, ao mesmo tempo em que garantem a reforma agrária desejada pelos seringueiros.

Em 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado na porta de sua casa. Era casado e deixou dois filhos. Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, havia completado 44 anos no dia 15 de dezembro de 1988, uma semana antes de ter sido assassinado.

Comemorando 14 anos de atuação, Vidágua inaugura novo Viveiro de Mudas Nativas em Ilha Comprida


Viveiro, financiado pelo programa Clickarvore, vai produzir 400 mil mudas por safra

A necessidade de recuperação das matas ciliares do Vale do Ribeira, somado ao trabalho que o Instituto Ambiental Vidágua vem desenvolvendo na região e ao programa Clickarvore (www.clickarvore.com.br), resultaram no novo “Viveiro de Mudas Nativas de Ilha Comprida – Manejo Agroecológico”, que será inaugurado dia 19 de dezembro.

O projeto para implantação do Viveiro teve início em abril deste ano e se concretizou agora, marcando também os 14 anos de atuação do Vidágua. Com financiamento do programa Clickarvore, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Ambiental Vidágua, será possível plantar 1,2 milhão de mudas nos próximos três anos, contribuindo também para a preservação da Mata Atlântica.

O engenheiro florestal Marcos Diniz, responsável pelo novo viveiro, destaca que a produção vai sanar não só a carência de mudas, mas a de mão-de-obra. Serão cerca de nove pessoas atuando no viveiro, entre técnicos, estagiários e viveiristas. Com uma capacidade de produção de 400 mil mudas por safra, possibilitando recuperação de 240 hectares por ano, o viveiro conta com a diversidade mínima de 80 espécies, conforme resolução da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e deve adquirir uma produção auto-sustentável.

O novo viveiro será aberto para visitação e a expectativa é de poder sediar um Centro de Educação Ambiental de Ilha Comprida já no próximo ano.

A inauguração oficial do "Viveiro de Mudas Nativas de Ilha Comprida - Manejo Agroecológico" está marcada para dia 19 de dezembro, a partir das 10h, com a presença de autoridades, parceiros e interessados, integrando o calendário de comemoração dos 14 anos do Vidágua. O Viveiro fica na Estrada da Vizinhança, em Balneário Sarnabi, 480.

E o Viveiro já tem programação para 2009. O barracão de armazenamento de materiais e insumos será construído com técnicas de bioarquitetura, através de oficina e mutirões. Está agendada uma oficina no espaço do Viveiro, com duração de sete dias, que vai ensinar técnicas de construção sustentável, com baixo impacto ambiental e custos operacionais reduzidos.


Entre as ações da oficina está a confecção do tijolo de adobe - blocos de terra-crua moldados em fôrmas por processo artesanal ou semi-industrial, que não acarreta em desmatamento nem emissão de gás carbônico na atmosfera como os tijolos cozidos. A oficina ainda vai ensinar e aplicar reboco e pintura naturais, taipa-de-mão, espiral de ervas, hortas e pomares.

A programação completa, o cronograma de atividades e as inscrições estarão disponíveis no site do Vidágua a partir de 5 de janeiro.


Vale do Ribeira

A maior área contínua de Mata Atlântica do país está no Vale do Ribeira.Cerca de 76% da área ainda está coberta por remanescentes originais - são mais de 2,1 milhões de hectares de florestas, 150 mil de restingas e 17 mil de manguezais, abrigando o mais conservado banco genético das regiões Nordeste, Sudeste e Sul e a mais importante reserva de água doce dos dois estados.

Mas a região amarga um desmatamento de 30 a 94% entre os municípios do Vale, de acordo com o Relatório da Situação Socioambiental, organizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Socioambiental.

E grande parte dos índices de desmatamento da região advém da degradação ambiental das APPs (Áreas de Preservação Permanentes), em especial as matas ciliares do rio Ribeira de Iguape e seus afluentes.

Para mudar este panorama, o Vidágua desenvolve desde o início de 2007, em parceria com o Instituto Socioambiental, a Campanha Cílios do Ribeira (www.ciliosdoribeira.org.br), que envolve mais de 40 instituições públicas e segmentos sociais locais, em ações estratégicas para proteção das águas e reversão do quadro de degradação da Bacia Hidrográfica do rio Ribeira de Iguape, com trabalhos voltados, principalmente, para o plantio de mata ciliar. A secretária executiva do Vidágua, Ivy Wiens, reconhece que o novo viveiro tem papel-chave para a continuidade da Campanha Cílios do Ribeira, que existe há 2 anos e ainda dispõe de mais de 10 hectares para reflorestamento. Mas ela conta que o projeto vai além. "O Vale do Ribeira apresenta grande potencial de geração de renda a partir da sua riqueza em recursos naturais".

O engenheiro florestal Marcos Diniz concorda e acredita que os trabalhos serão integrados. “A idéia do Viveiro é justamente potencializar estas riquezas, produzindo mudas nativas de Mata Atlântica e oportunizando plantios por toda a região”.


14 anos de atuação

O Vidágua foi fundado oficialmente em 29 de dezembro de 1994, em Bauru (SP), e desde então, vem desenvolvendo projetos para preservação ambiental, se estabelecendo em dois biomas principais: Cerrado, na região de Bauru, e Mata Atlântica, no Vale do Ribeira.

"2008 foi um ano de amadurecimento", resume Ivy Wiens, secretária executiva do Vidágua. Ela conta que a Campanha Cílios do Ribeira (www.ciliosdoribeira.org.br), realizada na região do Vale do Ribeira, deu muita visibilidade para o Instituto. "Sempre atuamos com educação ambiental, mas a Campanha deu uma nova dimensão ao nosso trabalho com o contato com produtores, parceiros, prefeitura", explica, dando o exemplo do apoio que o Vidágua conquistou para a construção do novo viveiro de mudas, em Ilha Comprida.

Outro destaque desse ano, para Ivy, foi a participação do Vidágua na aprovação do Plano Diretor de Bauru e fortalecimento do Movimento pela Preservação da Floresta Urbana Água Comprida. Ivy também lista a Campanha Água e Floresta e a aprovação de dois projetos diagnósticos das APPs (Áreas de Preservação Permanente) das bacias hidrográficas Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha. "Atuar no Plano de Bacia foi uma das grandes ações do Água e Floresta", acredita.

Ivy também lembra que foi neste ano que o Vidágua ganhou um escritório como sede, no Centro, conseguiu atingir mais pessoas com o evento cultural Fuá com Batuque, atuou intensamente pelo projeto Meros do Brasil (www.merosdobrasil.org), patrocinado pela Petrobras, fortaleceu o Coletivo Educador e criou e manteve atualizações diárias no blog VidÁgua & Floresta (www.vidaguaefloresta.blogspot.com).

Já se tratando em Educação Ambiental, 2008 fica marcado pelo curso que o biólogo e geógrafo do Vidágua, Ivan de Marche, ministrou neste segundo semestre. Para ele, a parte rica do curso esteve na diversidade dos alunos. Eram estudante de Educação Física, enfermeira, aposentado, jornalista e advogado numa faixa etária que se estendia de 25 a 70 anos. “Olhares tão diferentes sobre a questão ambiental permitiu ricas discussões durante o curso e também vivências interessantes na parte prática", conta, referindo-se às visitas em locais menos conhecidos como a Estação Ecológica Sebastião Luiz Aleixo.

Entre os projetos que acontecem todo ano, Ivan destaca o Vivência Ecológica, em prática desde 1997. As palestras ainda são a maior demanda na Educação Ambiental, mas Ivan acredita que as visitas e encontros ambientais chamam muito mais à atenção. "A Educação Ambiental é efetiva quando faz parte de toda ação".

Permear todas as ações com a sensibilização ambiental é a grande busca do Vidágua e foi a maior conquista deste ano. “E que seja dos próximos...”, finaliza o ambientalista.

Para saber mais sobre os projetos do Vidágua, acesse:

www.vidagua.org.br
www.merosdobrasil.;org
www.ciliosdoribeira.org
www.clickarvore.com.br
www.vidaguaefloresta.blogspot.com

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Madonna desembarca no Rio de Janeiro


Anderson Ramos
Direto do Rio de Janeiro

A cantora Madonna desembarcou por volta das 6h no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, zona norte do Rio de Janeiro. De lá, ela seguiu para o Hotel Copacabana Palace, na zona sul, sob um forte esquema de segurança.

A cantora, que tinha chegada prevista para o fim da tarde de hoje, driblou a imprensa e os fãs em sua chegada no aeroporto após fazer dois shows em Santiago, no Chile.

Batedores fecharam vias importantes nos bairros de Botafogo, Leme e Copacabana para a passagem de comboio de veículos da cantora. Mesmo com chuva, alguns fãs esperavam a chegada de Madonna.

Na chegada, um veículo despistou a imprensa e os fãs que faziam vigília na porta, enquanto o Audi Q7 preto em que estava a cantora norte-americana entrou pela porta lateral do hotel.

Madonna fará cinco apresentações no Brasil. Nos dias 14 e 15, domingo e segunda-feira, a cantora se apresenta no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Depois, a popstar segue para São Paulo onde fará três shows nos dias 18, 20 e 21.

Especial para Terra

'Os Reciclados': heróis que defendem o meio ambiente


Numa co-produção da Aqueles Caras, Dulado e Canal Imaginário, a TV Rá Tim Bum estréia neste sábado, dia 13, a série animada "Os Reciclados". Os novos heróis vão defender o meio ambiente da poluição e lutarão contra o vilão Lixão e seus comparsas. Os episódios vão ao ar os aos sábados e domingos nos seguintes horários: 8h10m, 15h50m e 19h50m.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

WWF-Brasil traz oficialmente a Hora do Planeta para o País


Poznan, Polônia - Diversos eventos ao redor do mundo, sendo o principal deles hoje na 14ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada na cidade de Poznan (Polônia), marcam o lançamento mundial da Hora do Planeta 2009. Conhecida globalmente como Earth Hour, a Hora do Planeta é uma iniciativa da Rede WWF para mobilizar a sociedade em torno da luta contra o aquecimento global, realizada desde 2007. No próximo ano, o Brasil também vai participar. No dia 28 de março de 2009, às 20h30, o WWF-Brasil irá convidar pessoas, empresas e governos a apagarem as luzes por uma hora.

O principal objetivo é mobilizar a sociedade para influenciar os líderes mundiais que irão se encontrar em Copenhagen (Dinamarca), em dezembro de 2009, a assinar um novo acordo global sobre mudanças climáticas. A ação, que espera atingir mais de 1 bilhão de pessoas, em 1.000 cidades ao redor do mundo, já conta com a adesão oficial de 74 cidades, em 62 países.

O diretor-geral da Rede WWF, Jim Leape, afirma que "quando os líderes globais se encontrarem em Copenhagen em dezembro de 2009 para negociar um novo acordo de clima eles estarão, certamente, influenciados pela mobilização da Hora do Planeta". Para ele a ação é uma "oportunidade poderosa para mandarmos um sinal que todos estamos atentos e aguardando soluções".

Para chamar a atenção, as cidades participantes apagam ícones reconhecidos internacionalmente. O Coliseu, em Roma (Itália), a ponte Golden Gate, em São Francisco (Estados Unidos), e a Sidney Opera House, em Sidney (Austrália) foram alguns dos ícones globais que tiveram suas luzes desligadas na edição de 2008, quando 50 milhões de pessoas de 35 países e mais de 400 cidades apagaram as luzes por uma hora.

O ano de 2009 será crucial para o futuro do planeta. Espera-se que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em dezembro do próximo ano, em Copenhagen, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa."Por isso iremos trazer a Hora do Planeta oficialmente para o País. Precisamos mostrar que a sociedade brasileira também está atenta e preocupada com o futuro do nosso planeta", explica a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Sobre o WWF-Brasil

O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Sobre a Hora do Planeta

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa global da Rede WWF sobre mudanças climáticas. No sábado, dia 28 de março de 2009, às 20h30, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global. Na primeira edição, realizada em 2007 na Austrália, 2 milhões de pessoas desligaram suas luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todas as partes do mundo aderiram à ação. Em 2009, a Hora do Planeta pretende atingir 1 bilhão de pessoas em mil cidades.







Fonte: WWF Brasil.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O diploma e o trabalho comunitário


Tenho lido vários artigos de jornalistas colocando como um paradoxo fazer, ao mesmo tempo, a defesa do diploma e do trabalho de comunicação comunitário. Que fazer com os jornais de bairro, que são a expressão da fala da comunidade? Como exigir ali, a figura do jornalista profissional? E as rádios comunitárias? Que fazer, se os políticos e empresários calhordas de sempre já estão se apropriando das rádios comunitárias? Bom, eu tenho algumas provocações para estas questões.

A questão do diploma é um elemento da luta de classe na sociedade capitalista. Defesa da profissão, defesa do corpo. Nada mais do que isso. Já escrevi sobre esse tema num longo artigo que pode ser encontrado no endereço: http://www.iela.ufsc.br/?page=noticias_visualizacao&id=562. E, por ser tão simples, acaba soando como insuficiente, mas não é. O diploma não se reveste, certamente, na fórmula mágica que garantirá um jornalismo de qualidade. Longe disso, a considerar o que se ensina na maioria das universidades: jornalismo gosmento, adesista, cortesão. Mas, na relação entre patrão e empregado, longe dos consensos habermasianos, o diploma é nossa garantia de proteção. Assim, no velho confronto capital x trabalho temos de apresentar nossas armas, e uma delas é a formação superior representada pelo diploma.

Já o trabalho de comunicação comunitária, onde aparecem os informativos de bairro e rádios comunitárias que não visam lucro, está inserido na lógica da soberania comunicacional. Ou seja, é direito de cada ser humano encontrar espaços para exprimir a sua palavra e, num país como o nosso, dominado pelo monopólio da mídia, estes veículos são essenciais para garantir a democratização da informação. As empresas que formam a grande mídia, para as quais vendemos nossa força de trabalho como jornalistas diplomados, estão absolutamente comprometidas com a defesa do sistema capitalista. Já a mídia independente pode – o que significa que às vezes não o faz – estar a serviço da transformação. Daí ser obrigação de quem pensa o mundo e o quer diferente, apoiar estas iniciativas.

É certo que tanto nos jornais de bairro como nas rádios comunitárias é possível encontrar oportunistas que apenas querem ganhar dinheiro e se dar bem, mas isso sempre haveremos de encontrar e faz parte da luta maior por uma sociedade diferente. Nosso compromisso como jornalistas é estar afinado com as iniciativas populares, transformadoras, rebeldes, inclusive servindo como agentes de formação. Se os comunicadores populares receberem uma boa formação de jornalistas, terão muito mais condição de fazer um bom trabalho comunitário.Mas, toda esta problemática precisa estar contextualizada na órbita da luta de classe. Tanto na grande mídia quanto na mídia independente e popular os interesses vão aparecer, e eles serão ora egoístas, ora altruístas. Cabe a nós, jornalistas envolvidos na luta por um mundo novo, estabelecer o embate, ficar firme nas trincheiras, formar gente nova capaz de inocular o sonho da transformação.

Agora, se a categoria dos jornalistas prefere o imobilismo de suas redações assépticas, se entende a comunicação popular como uma concorrente, se não consegue perceber a diferença de um trabalho feito para garantir a reprodução da vida dentro do sistema opressor e outro voltado para a transformação da sociedade, então aí a coisa fica difícil. Antes de condenar os comunicadores populares, talvez fosse bom cada jornalista parar um pouco e pensar porque raios essa gente é necessária. Se as comunidades empobrecidas estão inventando sua comunicação a despeito de todas as leis é porque alguma coisa anda cheirando mal no reino do Brasil. O jornalismo que se pratica nos grandes e médios meios de comunicação não dá conta da vida das gentes, não expressa a batalha que acontece nas ruas do mundo todos os dias. O jornalismo que se vê é cortesão, é redutor, é descontextualizado, desligado da vida real, está a serviço da opressão e da ideologia.

Então, a nós, cabem algumas mudanças como, por exemplo, fazer jornalismo de verdade, tal qual ensina Adelmo Genro Filho, recuperando a totalidade do fato, enfrentar os patrões, aproveitar as brechas, produzir teoria nova, estabelecer parceria com a vida mesma. Ou isso, ou as gentes passarão, e com muita razão, por cima de nós. Com isso repito o que venho insistindo desde sempre: o diploma é importante na relação com o patrão, mas ele não dá conta do jornalismo que precisamos praticar. Defender o diploma? Sim. Mas, fundamentalmente pensar em fazer, enfim, jornalismo, é mais do que fundamental.

Elaine Tavares
Texto retirado do blog: http://www.eteia.blogspot.com/

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Bariri tera show de Frejat, chitãozinho & Chororó e Art Popular gratuito na Praça da Matriz



Três atrações musicais farão show em Bariri nesta semana. As apresentações serão na Praça da Matriz, com início às 21h e entrada gratuita. A iniciativa é da prefeitura da cidade.
Amanhã o show ficará por conta do grupo de pagode Art Popular. Na quinta-feira é a vez da dupla Chitãozinho e Xororó. Na sexta-feira sobe ao palco o cantor Frejat, ex-vocalista do grupo de rock Barão Vermelho.
Segundo o prefeito de Bariri, Francisco Leoni Neto, os shows de fim de ano têm como objetivo proporcionar entretenimento e cultura à população e incentivar o comércio local, que estará aberto no período noturno.
O grupo Art Popular tocará, durante aproximadamente uma hora e meia, pagodes que marcaram a banda, como Agamamou, Pimpolho e Sai da Frente, e sucessos atuais, como Chega Dessa Dor e Eu Tô na Boa.
A novidade do grupo é a presença do cantor Pedrinho Black, um dos destaques do programa Ídolos, da TV Record. O Art Popular tem 14 CDs gravados ao longo da carreira; o último álbum – Authentico – é de 2006.
Na quinta-feira o show é de Chitãozinho e Xororó. A dupla vai apresentar seus clássicos sertanejos consagrados ao longo dos 38 anos de carreira.
Eles gravaram seu primeiro disco, Galopeira, em 1970, mas o sucesso só veio em 1982 com a música Fio de Cabelo, que vendeu mais de 1,5 milhão de discos e abriu as portas das rádios FMs para a música sertaneja.
No mês passado, Chitãozinho e Xororó levaram o Grammy Latino, prêmio obtido com o CD Grandes Clássicos Sertanejos na categoria Melhor Álbum de Música Tradicional Regional ou de Raízes Brasileiras.
Para encerrar as atrações musicais do fim de ano, Frejat fará show na sexta-feira.
Cantor, compositor e guitarrista brasileiro, ele foi o vocalista e é um dos fundadores da banda Barão Vermelho, fato ocorrido em 1981.
Amor pra Recomeçar, de 2001, foi o primeiro álbum-solo de Frejat. Depois vieram Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo (2003) e Intimidade entre Estranhos (2008).

Embrapa desenvolve motor movido a lixo e sobras da agricultura


O pesquisador da Embrapa Luiz Guilherme Wadt fala sobre o motor multicombustivel, apresentado pela estatal durante o Congresso Mundial de Engenharia

Ivan Richar

Brasília, DF - Um motor que utiliza até lixo e sobras da agricultura como combustível para funcionar. Essa foi uma das novidades apresentadas por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Exposição Tecnológica Mundial (Expowec 2008), realizada em Brasília. O evento terminou sábado (6/12).

De acordo com o pesquisador da Embrapa, Luiz Guilherme Wadt, o equipamento poderia ser uma boa ferramenta para conciliar a produção de energia elétrica à preservação do meio ambiente.

“É um motor de combustão externa, ou seja, a fonte de energia que faz ele trabalhar fica do lado de fora. Com isso, pode-se usar qualquer tipo de combustível, como o biodiesel, etanol, resíduos da agricultura, madeira, carvão, combustíveis fósseis como carvão mineral e derivados de petróleo”, explicou.

Segundo o pesquisador, restos de animais oriundos da criação de frangos e dejetos da criação de porcos também poderiam ser utilizados como fonte de combustível do motor. O funcionamento consiste em equilibrar ondas de calor e frio que fazem os pistões funcionarem de forma constante.

“Imagine uma casa no campo em que um agricultor de baixa renda more lá e não tenha energia elétrica. Ele poderia ter um pequeno motor desse colocado no fogão de lenha. Enquanto a dona de casa faz a comida, esse motor geraria energia suficiente para carregar a bateria que, mais tarde, propiciaria que ele tivesse iluminação na casa”, exemplificou Wadt, ressaltando que o motor não serviria para uso em automóveis e caminhões.

“É um motor que tem algumas características próprias. Ele não serviria para o uso automotivo. Ele tem o torque constante, ou seja, faz força sempre do mesmo jeito e na mesma velocidade”, afirmou.

“Ele é muito útil para um duplo gerador produzindo energia elétrica, para movimentar uma bomba d’água, em sistemas de ventilação, como em granjas, em sistemas de troca de calor, como nos aparelhos de ar condicionado. Porque ele sempre vai trabalhar na mesma velocidade e na mesma potência”, complementou o pesquisador.

A principal preocupação com o desenvolvimento do novo motor, disse Wadt, é a preservação do meio ambiente. “A nossa visão é a de aproveitar os resíduos. Aquilo que ia ser jogado fora, de repente, pode ser usado como combustível. Então, não estamos preocupados com o uso nobre do combustível. Quando se tem um bom combustível, como o etanol, claro que será usado em um motor automotivo. Nesse, vamos aproveitar os resíduos, que iriam para o lixo ou para o meio ambiente”, destacou.





Fonte: Agência Brasil.

sábado, 6 de dezembro de 2008

ONGs deixam negociação sobre Código Florestal


BRASÍLIA - Nove organizações não-governamentais ambientalistas se retiraram da negociação sobre mudanças no Código Florestal, que vinham sendo discutidas com os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e parlamentares. O motivo da discórdia, segundo as ONGs, foi uma proposta apresentada pelo ministro da Agricultura, Reinholds Stephanes, que reduz drasticamente a proteção das áreas de conservação em nome do agronegócio.

O pacote, que teria sido acordado com a Frente Parlamentar da Agricultura e apresentado esta semana, propõe "anistia" para propriedades irregulares em áreas de preservação ocupadas até 31 de julho de 2007, a redução da área de reserva legal (percentual de floresta que deve permanecer intacto em imóveis rurais) e a possibilidade de recomposição da mata nativa com espécies exóticas, como o dendê, entre outros.

Na avaliação das organizações ambientalistas, entre elas o WWF, o Greenpeace, o Instituto Socioambiental (ISA) e a TNC, a proposta é "uma verdadeira bomba-relógio" para a biodiversidade.

"Não é possível discutir e negociar com um ministério que, em detrimento do interesse público, se preocupa apenas em buscar anistias para particulares inadimplentes. O processo de negociação deve ser vinculado à obtenção do desmatamento zero", afirmam as ONGs em manifesto.

Em nota, o Ministério da Agricultura negou que tenha pleiteado anistia para os desmatadores. "Esse tema não consta na pauta de discussão do grupo de trabalho". No comunicado, a pasta informa que "defende o desmatamento zero", mas pede mais flexibilidade nas discussões.

"A defesa ambiental exige uma posição protecionista mais rígida. Isso não pode impedir, porém, que sejam ignoradas as áreas agrícolas consolidadas, sem encontrar formas de flexibilização do uso do solo", de acordo com a nota.

O grupo de trabalho deve se reunir na próxima semana para mais uma etapa de negociação, dessa vez sem os representantes da sociedade civil. Quaisquer que sejam as mudanças sugeridas, o texto precisa passar por votação no Congresso Nacional.

Entre Na Era Da Energia Livre


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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Ingrid Betancourt: "Lula sempre agiu discretamente"


A franco-colombiana Ingrid Betancourt está em viagem pela América Latina. Nesta sexta-feira, em São Paulo, a ex-refém das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), declarou:

- Vim ao Brasil agradecer o presidente Lula por um só motivo: por haver me mantido em seu coração.

Ela disse que agradece ao presidente brasileiro porque falou dos seqüestrados quando isso era "politicamente incorreto", em um momento em que se acreditava "que isso estava dando publicidade às Farc". Ingrid disse ainda que o presidente Lula sempre atuou pelos seqüestrados "de uma maneira discreta".

- Esses atos de humanismo criam vínculos afetivos muito fortes (...) Agradeço a ele, mais que como amiga, como irmã.

Ingrid narrou ainda:

- Estava na selva quando escutei que Lula ofereceu o território brasileiro para uma reunião entre o governo Uribe e as Farc em momentos que não havia espaço. (...) Quero agradecer pelo passado, o presente e o futuro, por tudo o que (Lula) vai fazer.

Betancourt falou de um "ano negro" para as Farc, que se encontram "desvertebrada", e mencionou exemplos como a morte dos comandantes Raúl Reyes, Iván Ríos e Manuel Marulanda, assim como a Operação Xeque, em que foi resgatada com outros seqüestrados, e a fuga do congressista Oscar Tulio Lizcano: "Espero que dentro deste ano negro as Farc encontrem um espaço de reflexão".

Mais cedo, a ex-senadora encontrou-se com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pela primeira vez no País desde que foi libertada.

O presidente, durante o encontro em São Paulo, defendeu a libertação de todos os reféns em poder da guerrilha. "As FARC têm uma grande chance de acreditar na democracia e no jogo da política", argumentou.

Lula mencionou que os governos de Rafael Correa (Equador) e Hugo Chavez (Venezuela), como o dele, chegaram ao poder pela via democrática. "Não se ganha eleição seqüestrando pessoas", afirmou.

Na segunda-feira, Betancourt desembarcou no Equador, onde esteve com o presidente Rafael Correa. Em seguida, voou rumo a Buenos Aires para reunir-se com Cristina Fernández de Kirchner.

Na quarta-feira, a franco-colombiana reuniu-se com a presidente chilena, Michelle Bachelet. Ontem, Betancourt já estava em Lima, onde encontrou-se com o presidente peruano Alan García.

Seis anos de cativeiro

No dia 23 de fevereiro de 2002, a então candidata presidencial da Colômbia foi seqüestrada pelas FARC, junto de sua assessora, Clara Rojas.

Betancourt esteve refém dos guerrilheiros até o dia 2 de julho deste ano, quando o Exército colombiano, através da Operação Xeque, libertou a ex-senadora e mais 14 reféns.

Terra Magazine

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Alteração de regime de chuvas afetará agricultura



Jamil Chade, GENEBRA

O desmatamento da floresta amazônica pode causar prejuízos de US$ 1 trilhão. Dados divulgados por especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e por 29 instituições de pesquisa em todo o mundo alertam que as chuvas geradas no Centro-Oeste brasileiro e nos países do Cone Sul vêm em grande parte da evaporação de água da região amazônica. Um desmatamento que comprometa essa evaporação, portanto, afetaria o ciclo de águas e toda a produção agrícola dessa região.

“O Brasil precisa pensar a preservação da Amazônia como uma questão econômica que terá impacto direto em suas exportações e produção agrícola nos próximos 50 anos”, afirmou Pavan Sukhdev, chefe da divisão econômica do Pnuma e ex-executivo do Deutche Bank.

O levantamento, usando dados do cientista brasileiro Antônio Nobre - do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) -, aponta que 20 bilhões de toneladas de água evaporam todos os dias da região amazônica. Parte dessa água acaba chegando ao Cone Sul do continente. “O governo brasileiro precisa entender que preservar a floresta não é um luxo, logo será uma necessidade econômica”, disse Sukhdev. Entre 2000 e 2005, 48% da perda de cobertura florestal no mundo ocorreu no Brasil e 13% na Indonésia.

Para os especialistas, apenas o valor da Amazônia gerando as chuvas no sul e centro do continente já seria um motivo suficiente para proteger a floresta. A avaliação dos cientistas é de que a Amazônia seria a melhor “bomba d’água” e o mais eficiente projeto de irrigação do planeta.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Levantada hipótese de que Obama não pode ser presidente dos EUA


Apesar de improvável, é possível que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, não seja um cidadão norte-americano nato, o que o tornaria inelegível para o cargo. Alguns grupos estão exigindo que Obama mostre sua certidão de nascimento original.

A especulação sobre a nacionalidade de Barack Obama se baseia na hipótese de sua certidão de nascimento ser falsa. A lei do Havaí -- onde a princípio se acredita que Obama nasceu -- prevê casos nos quais pessoas nascidas fora do estado podem mesmo assim ter uma certidão de nascimento emitida pelo departamento de saúde local, mas não sem expressar o fato de se tratar de alguém nascido em território estrangeiro.

O caso é que a certidão havaiana é bastante sujeita a adulterações. Tanto que órgãos públicos do próprio estado do Havaí não aceitam cópias autenticadas das certidões de nascimentos emitidas lá como provas conclusivas. Até aqui, Obama só mostrou cópias autenticadas. Sua certidão de nascimento original ainda não veio a público.

É comum pessoas que chegam aos Estados Unidos com crianças pequenas tentarem registrá-las como nascidas no país, para que tenham todos os benefícios da cidadania. Especula-se que Obama pode ter nascido no Quênia.

Ambientalistas em Alta



Por Mauro Kahn

O recém-eleito presidente dos EUA, Barack Obama, já ressaltou seu firme propósito de reduzir as emissões de gases que agravam o efeito estufa, tendo como meta levá-las - até 2020 - ao mesmo nível em que se encontravam no ano de 1998. O novo governo pretende investir cerca de US$ 15 bilhões por ano somente para promover a utilização de energias mais limpas.

Estas metas, ainda que conservadoras, indicam uma mudança de postura do governo americano, a seriedade e o cuidado com que o novo presidente sugere tratar a questão. Estamos otimistas e sabemos que, se Hillary Clinton for mesmo confirmada como Secretária de Estado, as questões ambientais contarão com uma defensora de grande peso.

Problemas econômicos à parte, os EUA são um exemplo para todas as grandes economias mundiais e também para os países emergentes. Uma nova postura dos EUA significa um novo modelo a ser seguido.

Desde 1998 - curiosamente o ano-referência estabelecido por Barack Obama - estamos fazendo a nossa parte. Foi exatamente neste ano, há mais de uma década, o momento de criação do MBE COPPE/UFRJ, atualmente uma das mais conceituadas pós-graduações em meio ambiente do país.

Em março de 2009 terá início à 23ª turma do MBE, e até lá já teremos quase 650 alunos formados; número que acompanha a evolução do mercado e a demanda por especialistas ambientais.

www.mbcursos.coppe.ufrj.br

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

SC/08 desastre ambiental natural! E nós ambientalistas, onde ficamos?


Enquanto o Brasil se mobiliza, pessoas a entidades, na sua maioria sociais, entes financeiros, Exército até a Marinha demonstram uma forma de ação frente ao maior desastre ambiental da natureza neste século, com as enchentes de Santa Catarina, nós, ambientalistas, onde ficamos?

Primeiro, os movimentos sociais denunciaram os equívocos de ocupação ou o efeito estufa. O poder público federal continuou na Amazônia, multando e fiscalizando.

Perdemos o bonde para demonstrar que sabemos e conhecemos de ambiência o suficiente para aplicar este conhecimento na ajuda humanitária.

Usar, por exemplo, as entidades de proteção aos animais para coletar os milhares de seres não humanos desabrigados, ou perdidos em criadouros, zoológicos e tantas outras possibilidades, na imensidão do caos de água e lama. E lógico, os animais racionais, dito humanos, com o acolhimento dessa integração.

As entidades de proteção a florestas ou águas, outro exemplo, ajudando a estabelecer critérios que diminuam já o grave impacto, mitigando as operações de corte e recolhimento, ou de como conseguir água potável, sua descontaminação, e outra gama infinita de alternativas.

Centenas de postos de gasolina ficaram embaixo d’água, e muitos vazaram, depósitos rurais com agrotóxicos, lojas com todos os tipos de químicos, fármacos! Qual o tratamento a ser dado? Quem, no meio do caos social, está podendo ter tempo de usar seu conhecimento ambiental para mitigar estes problemas?

O Ministério do Meio Ambiente possui milhares de funcionários de alta competência, carros preparados para enfrentar florestas e áreas alagadas (4x4, traçados etc), GPS, barcos, helicópteros... Onde ficou nesta tragédia ambiental? O que será que aconteceu para as autoridades ambientais não entenderem que é exatamente nestes eventos que mais são necessárias?

Lembro-me dos milhares de voluntários e de todo esforço em eventos como o vazamento de Petróleo do Rio Iguaçu na REPAR, ou outros similares pelo Brasil.

Basta este alerta: estamos esquecendo que meio ambiente se faz principalmente com solidariedade e comprovação do discurso na prática, e nossa parte tem que ser feita tanto na estratégia de luta como no campo, embaixo da chuva e no meio da lama.

P.S: Sim, estive em Santa Catarina, e nas enchentes similares, em 1983, coordenei voluntariamente a Defesa Civil no interior do Paraná por semanas, mas também me sinto omisso.

Fonte: Ambiente Brasil - Luciano Pizzatto
Luciano Pizzatto é engenheiro florestal, especialista em direito socioambiental e empresário, diretor de Parques Nacionais e Reservas do IBDF/IBAMA 88/89, deputado desde 1989, detentor do 1º Prêmio Nacional de Ecologia.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Campanha com pessoas acima de 50 anos marca o Dia Mundial da Luta contra a Aids


Ministério da Saúde faz atividades focando o público heterossexual na faixa etária cuja incidência da doença dobrou de 1996 a 2006
Homens acima de 50 anos são o tema de campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids do Ministério da Saúde este ano. O governo preparou atividades em várias cidades do país para alertar a população em geral e principalmente esta faixa etária dos perigos da contaminação pelo vírus.

Com o slogan “Sexo não tem idade. Proteção também não”, o objetivo é diminuir a incidência do vírus entre os maiores de 50 anos, pois os números preocupam o ministério. Os casos passaram de 7,5 por 100 mil habitantes para 15,7 de 1996 a 2006.

Segundo a diretora do Programa Nacional de DST (doenças sexualmente transmissíveis) e Aids, Mariângela Simão, os preconceitos que cercam a vivência da sexualidade em pessoas acima dos 50 anos limitam e dificultam a abordagem sobre o HIV. “A Aids sempre foi vista como uma doença de jovens e adultos, como se a população mais velha não fosse sexualmente ativa”, afirma.

Preconceito
Outra preocupação do governo é diminuir o preconceito que os portadores da doença ainda enfrentam. De acordo com uma pesquisa feita com oito mil pessoas, de todas as regiões do país, a discriminação persiste até mesmo dentro das famílias.

Dos entrevistados, 19% acreditam que uma pessoa com Aids não deve ser tratada em casa; 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV e 13% afirmaram que uma professora com Aids não pode dar aulas em qualquer escola. Os dados completos do levantamento serão fornecidos apenas em fevereiro.

Para discutir esta realidade, o Programa Nacional de DST e Aids preparou uma intervenção urbana que será apresentada na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Ao longo de todo o dia, um jovem ficará dentro de uma bolha transparente, impedido de tocar quem estiver no ambiente externo. O objetivo é levantar o debate sobre a exclusão vivida por quem tem o HIV ou sofre outros tipos de preconceito.

Números
Apesar da incidência de casos ter aumentado entre a população acima dos 50 anos, a maioria dos casos de Aids ainda está na faixa etária de 25 a 49 anos. Da população geral diagnosticada com Aids desde o início da epidemia até junho de 2008, foram identificados 333.485 (66%) casos em homens e 172.995 (34%) em mulheres.

Dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST mostram que de 1980 a junho de 2008 foram registrados 506.499 casos no Brasil, sendo que nesse período ocorreram 205.409 mortes em decorrência da doença. A epidemia no país é considerada estável, sendo que a média anual de casos entre 2000 e 2006 é de 35.384.

Vênus, Júpiter e Lua, três astros mais brilhantes do céu, estarão em conjunção hoje a noite


No começo da noite de hoje (1º/12), os três astros mais brilhantes do céu noturno brindarão as regiões com tempo bom com um espetáculo.

Ao olhar na direção sudoeste a partir do entardecer, será possível observar a conjunção dos planetas Vênus e Júpiter com a Lua.

No dia 1º o trio estará tão unido que poderá ser ocultado pelo polegar com o braço estendido. Embora os três astros estejam aparentemente próximos no céu, trata-se apenas de um efeito visual, por eles estarem alinhados com a Terra.

Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, está muito mais distante da Terra do que Vênus, e por isso parece menor.

A Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) disponibilizará telescópio, binóculos e equipe técnica para atender a quem esteja interessado em observar e adquirir mais informações sobre o evento. A sessão ocorrerá das 19h30 às 21h.

Mais informações: (12) 3945-6745


Fonte: Agência FAPESP.

Etanol. A euforia acabou


Prejuízos acumulados, falta de crédito, custos altos, ameaça de falências e de calotes – o setor mais badalado da economia brasileira é a nova vítima da crise financeira mundial

Denise Carvalho*

Os produtores brasileiros de açúcar e álcool viveram uma espécie de montanha-russa nos últimos anos. Até o fim da década de 90, o setor era visto como um fiel retrato do Brasil arcaico - aquele que não respeita leis trabalhistas e vive à custa de benesses estatais. De repente, a montanha-russa começou a subir. O etanol entrou na moda no mundo todo e o setor saiu do atraso para a vanguarda do capitalismo, em sua busca por combustíveis renováveis para substituir o poluidor e finito petróleo. Grandes grupos brasileiros se capitalizaram na bolsa de valores. Investidores internacionais desembarcaram aos montes anunciando a compra e a construção de novas usinas.

Entre eles estavam fundos especializados em tecnologia do Vale do Silício e o investidor George Soros. Os investimentos em novas unidades cresceram de 2,2 bilhões de reais na safra 2005/2006 para 7,2 bilhões de reais na safra 2008/2009. A expectativa era que esse número seguisse em sua trajetória ascendente nos anos seguintes. Mas a crise financeira mundial chegou, atingindo em cheio os produtores de álcool brasileiros - e a montanha-russa do setor inicia agora o que muitos temem ser uma vertiginosa descida.

O principal vetor do impacto da crise é a falta de crédito. Primeiro, porque o dinheiro disponível para ampliação e construção de usinas evaporou. Dos 136 projetos de novas usinas previstos para ser implantados no Brasil até 2014, cerca de 40, ou 30%, já foram postergados ou cancelados. Dos 32,6 bilhões de reais que seriam usados na construção desses novos empreendimentos, 8,2 bilhões de reais deixarão de ser investidos. Maior fabricante de equipamentos para usinas de açúcar e etanol do país, a Dedini chegou a ter 210 projetos em consulta no final de 2007. Se virassem pedidos firmes, esses projetos criariam uma fila de espera até 2015.

Hoje, apenas 50 usinas estão em análise. "Tinha muita gente embalada por um sonho", diz Sérgio Leme dos Santos, vice-presidente executivo da Dedini. "Mas a realidade não é tão cor-de-rosa assim." Além da falta de recursos para investir, há um problema mais imediato - e muito mais agudo.

Os bancos estão travando o financiamento do capital de giro das usinas, o que pode sufocá-las. Localizada em Sertãozinho, no interior de São Paulo, a tradicional usina Albertina recorreu recentemente à recuperação judicial para evitar que seus credores pedissem a falência da companhia. A Albertina tem uma dívida estimada em 100 milhões de dólares, mais de 50% com vencimento previsto para os próximos 12 meses. O grupo Naoum, de Goiás, também ingressou com um pedido de recuperação judicial para evitar a paralisação de suas três usinas - Santa Helena, Jaciara e Pantanal, que faturam mais de 300 milhões de reais por ano.

Talvez a principal conseqüência da crise financeira atual seja a demonstração de que o setor tinha pouca solidez - e de que essa fraqueza era ocultada no período de abundância de recursos. Os custos de produção, por exemplo, vêm crescendo a uma velocidade preocupante. Nos últimos 18 meses, custos básicos como mão-de-obra, frete, fertilizantes e outros insumos subiram 25%. Se a demanda de açúcar e álcool viesse crescendo a um ritmo semelhante, não haveria problema: os produtores simplesmente repassariam o aumento de custos para seus compradores.

Mas isso se provou impossível. Em razão dos altos investimentos dos últimos anos, o setor tem hoje um excesso de capacidade. Ou seja, produz mais que a demanda dos mercados local e internacional. Estima-se que, na safra 2008/2009, sejam produzidos 27 bilhões de litros de etanol no país. A demanda global não vai passar de 25 bilhões de litros. "Desde o início do ano, algumas empresas vendem etanol abaixo do custo para fazer caixa e garantir a expansão", diz André Rocha, presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool de Goiás (Sifaeg). "Com a crise, a situação das usinas ficou ainda mais frágil."

A combinação de dificuldades resulta num cenário desafiador até mesmo para os principais grupos do país. A Santelisa Vale, terceira maior empresa do setor, vive um momento crítico. Chefiada pelo empresário André Biagi, a Santelisa era um exemplo da nova fase do mercado sucroalcooleiro local. A empresa, resultado da fusão da usina Santa Elisa com a Vale do Rosário, recebeu investimento de gigantes como o banco de investimento americano Goldman Sachs e o fundo Riverstone. Em 2007, foi a melhor e mais rentável companhia do setor. Há, porém, um problema: a Santelisa carrega uma dívida pesada demais. Segundo EXAME apurou, essa dívida é estimada em 2 bilhões de reais. Boa parte se deve ao empréstimo de 1,3 bilhão de reais feito pelo BBI, braço de investimentos do Bradesco, para concretizar a fusão entre Santelisa e Vale do Rosário em fevereiro de 2007. Um débito de cerca de 300 milhões de dólares foi originado em contratos de operações cambiais.

A dívida da Santelisa equivale a um ano de seu faturamento, estimado em 1,8 bilhão de reais por ano. Em razão do custo dessa dívida, a companhia tem negociado com os fornecedores de cana-de-açúcar o pagamento de metade do que deve à vista e o restante em 30 dias. A empresa chegou a colocar 14 terrenos à venda para fazer caixa. Segundo EXAME apurou, a Santelisa ainda estuda demitir 20% dos funcionários para diminuir a folha de pagamentos em 12%. No final de 2008, estima-se que a Santelisa vá registrar um prejuízo de 800 milhões de reais. "A situação é crítica", diz um executivo familiarizado com os números da empresa.

Recentemente, a Santelisa contratou a consultoria Angra Partners, especializada em reestruturações corporativas. O objetivo da Angra Partners é renegociar as dívidas do grupo e procurar um sócio para fazer uma injeção de capital. A venda da empresa não é descartada. O problema, porém, é que o valor de mercado de companhias do setor está em suas mínimas históricas - e seria praticamente impossível pagar a dívida de 2 bilhões de reais, mesmo com a venda do negócio. Procurados, os donos da Santelisa Vale não quiseram dar entrevista. (Em nota enviada à redação, a Santelisa nega que estuda fazer demissões e informa que mantém seus projetos e continua confiante no sucesso de seus negócios.)

Apesar da crise atual, o etanol brasileiro ainda é extremamente competitivo. Nem mesmo a abrupta queda recente no preço do petróleo é capaz de torná-lo necessariamente deficitário. Estima-se que o etanol brasileiro seja competitivo mundialmente com o barril de petróleo cotado a pelo menos 40 dólares. No fim de novembro, o barril custava cerca de 50 dólares no mercado internacional. No mercado local, responsável por cerca de 85% das vendas do etanol brasileiro, a situação é menos complexa.

Como o governo tabela o preço dos combustíveis, o álcool e a gasolina mantiveram nos últimos anos uma proporção de preço que fez do etanol uma opção mais econômica para o consumidor. Hoje, o etanol responde por 51% de todo o combustível comercializado no Brasil. E mais de 90% dos veículos novos vendidos no país têm motor flex - o equivalente a 2,5 milhões de unidades por ano. Caso o governo permita a diminuição do preço da gasolina, porém, o risco para o etanol aumenta. Como o rendimento do álcool é cerca de 30% inferior, o etanol só é viável se seu preço for equivalente a, no máximo, 70% do valor da gasolina.

A indústria sucroalcooleira é altamente fragmentada no Brasil. Existem mais de 150 grupos usineiros no país, e pelo menos 90% deles são controlados por famílias. Os dez maiores grupos detêm, juntos, aproximadamente 35% do mercado. Os analistas esperam, há anos, que um processo de consolidação diminua o número de empresas - mas, como os anos eram de euforia, os preços cobrados pelos empresários sondados eram altos demais, o que diminuiu o ímpeto de grupos internacionais.

A atual mudança de cenário, porém, colocará enorme pressão em grupos menos sólidos. "Com as empresas altamente endividadas, abre-se uma brecha para a entrada de novos participantes", diz o economista Guilherme Nastari, diretor de novos projetos da consultoria Datagro, especializada em agronegócio. A oportunidade parece mais tentadora para grandes grupos estrangeiros.

Empresas como Bunge, Cargill e ADM já tinham tentado estrear ou ampliar sua participação no setor em 2007, mas desistiram por considerar os preços muito elevados. Agora, a situação mudou. Um dos primeiros movimentos das gigantes internacionais pode ser a compra do grupo Nova América, um dos maiores do setor, que fatura 1,5 bilhão de reais por ano. Bunge e Cargill estão na disputa. Com maior fôlego financeiro, empresas como essas podem se dar ao luxo de olhar para o longo prazo - e, infelizmente, é no longo prazo que as perspectivas para o etanol brasileiro são mais promissoras.