quarta-feira, 30 de abril de 2008
Núcleo desenvolve rotor aerodinânico nacional para produzir energia eólica
O Núcleo de Energias Renováveis da Escola Politécnica (Poli) da USP desenvolve uma tecnologia inteiramente nacional para o rotor aerodinâmico usada em turbinas eólicas, que produzem energia elétrica a partir dos ventos. O rotor projetado no Departamento de Energia e Automação Elétricas da Poli será instalado em uma turbina de 10 Kilowatts, destinada a aplicações de pequeno porte, na área rural e em locais de difícil acesso às redes convencionais de distribuição de energia.
O rotor é formado por um conjunto de pás e um eixo, que é acoplado a um gerador elétrico e colocado no alto de uma torre. “Quando as pás se movimentam, a energia cinética do vento é transformada em energia mecânica”, explica a professora da Poli, Eliane Aparecida Faria Amaral Fadigas, que coordena a pesquisa. “O gerador ligado ao eixo converte a energia mecânica em energia elétrica”.
Na fase inicial do projeto, foi feito o modelamento matemático do rotor, sistema de segurança e mecanismos de controle. Por meio de um software específico, os pesquisadores realizaram simulações aerdinâmicas para identificar os parâmetros ótimos de projeto. “O modelo matemático representa as características físicas que o rotor deverá ter, tais como as forças de empuxo a que estará submetido, dimensão e o perfil aerodinâmico das pás e as diversas forças que atuam em função da incidência do vento nas pás”, descreve a pesquisadora.
A próxima etapa será a construção de um protótipo, que deverá estar concluído e testado até o final do ano. O desenvolvimento do rotor inclui um sistema de controle automatizado da nacele (bloco onde são fixadas as pás e que concentra o eixo e o gerador) e do ângulo das pás, para efetuar o controle de potência e velocidade. “Em geral, turbinas eólicas com até 50 kilowatts de potência não possuem controles, apenas um leme acionado pelo vento e pás fixas”, aponta Eliane. “O controle automático permitirá o giro e a regulagem das pás, ampliando a eficiência da turbina”.
Parceria
No Brasil, existe uma única empresa que fabrica turbinas eólicas de pequena potência, com 400 watts, 1 kilowatt, 2 kilowatts e 5 kilowatts. O rotor em planejamento será utilizado em turbinas de 10 kilowatts. Além dos testes de bancada, que serão feitos em equipamentos a serem instalados na Poli, as pás, com diâmetro de 6,8 metros, terão seus corpos de prova testados em um túnel de vento. “Depois dos ensaios em laboratório, o rotor será colocado numa turbina para ser avaliada em condições reais, em campo aberto”, planeja a professora.
De acordo com a professora, para a instalação das turbinas é necessário realizar o mapeamento eólico das regiões. “Isto quer dizer que é necessário um bom conhecimento do regime dos ventos ao longo do ano”, ressalta. A geração de energia elétrica começa com velocidades de vento entre 2,5 a 3 metros por segundo (m/s), mas o seu pleno funcionamento (geração de potência máxima) se dá com velocidades em torno de 13 a 14 m/s, dependendo do tipo de turbina.
“Poucas regiões brasileiras possuem levantamentos mais detalhados das condições dos ventos, como o Rio Grande do Sul, onde está a maior central de turbinas eólicas do País”. Os locais com maior potencial estão no litoral do Nordeste, do Rio Grande do Norte ao Ceará, mas a turbina pode ser adotada em áreas rurais isoladas, como alternativa para fornecer energia elétrica.
O projeto do rotor aerodinâmico faz parte de um edital lançado em 2006 pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, para incentivar a nacionalização de equipamentos na área de energias renováveis. "É um trabalho em parceria entre universidades e empresas para desenvolver produtos e colocá-los no mercado”, comenta Eliane.
Os estudos, coordenados pela professora Eliane Fadigas, contam com a participação dos pesquisadores Alexandre de Lemos Pereira, pós-doutorado em energia eólica, e Fabiano Daher Adegas, doutorando da Poli. Dois alunos de graduação, Lucas Cardoso (engenharia elétrica) e Luis Fernando Prado (engenharia mecânica), atuam como bolsistas de iniciação científica.
Mais informações: (0XX11) 3091-5349/5278, com Eliane Aparecida Faria Amaral Fadigas
Fonte: Carbono Brasil / *Agência USP.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Ano Internacional do Planeta Terra será lançado no Brasil
Evento organizado pela ONU tem o objetivo de divulgar as geociências e sua importância para o mundo sustentável
O Brasil sediará o lançamento regional para América Latina e Caribe do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT). O evento será realizado nesta quarta-feira (23/4) na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O objetivo da iniciativa, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), é divulgar a importância das ciências da terra para o bem-estar comum e para um mundo sustentável.
A atividade consiste em uma exposição de fotos e desenho sobre a preservação da Terra e de dez painéis com debates entre cientistas e políticos brasileiros com estudiosos do resto da América Latina.
Participarão do evento os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, das Relações Exteriores, Celso Amorim, da Educação, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Meio Ambiente, Marina Silva.
O Brasil aderiu à iniciativa, juntamente com outros 96 países, em janeiro de 2007, com o lançamento público do Ano em São Paulo, na Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP), durante a inauguração da exposição sobre a Terra.
O projeto do Ano Internacional do Planeta Terra foi apresentado conjuntamente pela União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Em 2005, foi programado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York, para ocorrer em 2008. Na ocasião, foi estabelecido que as atividades seriam desenvolvidas entre janeiro de 2007 e dezembro de 2009.
Mais informações: http://aipt.mct.gov.br
O Brasil sediará o lançamento regional para América Latina e Caribe do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT). O evento será realizado nesta quarta-feira (23/4) na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O objetivo da iniciativa, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), é divulgar a importância das ciências da terra para o bem-estar comum e para um mundo sustentável.
A atividade consiste em uma exposição de fotos e desenho sobre a preservação da Terra e de dez painéis com debates entre cientistas e políticos brasileiros com estudiosos do resto da América Latina.
Participarão do evento os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, das Relações Exteriores, Celso Amorim, da Educação, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Meio Ambiente, Marina Silva.
O Brasil aderiu à iniciativa, juntamente com outros 96 países, em janeiro de 2007, com o lançamento público do Ano em São Paulo, na Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP), durante a inauguração da exposição sobre a Terra.
O projeto do Ano Internacional do Planeta Terra foi apresentado conjuntamente pela União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Em 2005, foi programado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York, para ocorrer em 2008. Na ocasião, foi estabelecido que as atividades seriam desenvolvidas entre janeiro de 2007 e dezembro de 2009.
Mais informações: http://aipt.mct.gov.br
sábado, 19 de abril de 2008
País desperdiça água suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas ao ano
Fonte: Adital - Notícias da América Latina e Caribe
O Brasil desperdiça por ano água suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas. Nas capitais do país, são desperdiçados, diariamente, 2,5 milhões de litros de água. Esse descaso fez com que, nas duas primeiras semanas de abril, os deputados paulistas colocassem em pauta discussões como a escassez, alto custo e uso abusivo da água potável.
Na última quarta-feira (09), os parlamentares, em uma única sessão, aprovaram três projetos sobre o tema. Agora, para virarem lei, eles precisam ser sancionados pelo governador. Um dos projetos prevê multa de até R$ 1.488,00 para os consumidores que desperdiçarem água potável.
No projeto, é considerado desperdício todo uso irracional da água como lavagem de calçadas, ruas, veículos, rega de jardins e gramados com o emprego de mangueira e máquinas de pressão a jato. Primeiro quem desrespeitar a norma será advertido, reincidindo é que haverá a multa.
Outro projeto aprovado, obriga as empresas que trabalham com meios de transporte, e de lavagem de veículos, a instalarem equipamentos de tratamento e reutilização da água utilizada. O autor do projeto, o deputado André Soares, disse que em até 15 meses os proprietários terão retorno financeiro, pois haverá redução do consumo de água em 30%. Além disso, não terá queda na qualidade do serviço.
No terceiro projeto, está prevista a criação de um Programa Estadual de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações Públicas e Privadas (Purae), no qual o Estado tem até 10 anos para adequar todos os prédios públicos com aparelhos que permitam economia de água.
Assim, será preciso trocar bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios para modelos de volume reduzido de descarga, além de serem instaladas torneiras com arejadores. O governo paulista deve se comprometer ainda há incentivar as pessoas a providenciarem a instalação de reservatórios para contenção da água utilizada em chuveiros, banheiras, lavatórios, pias etc.
A população brasileira, por considerar que o país tem muita reserva de água, desperdiça-a bastante; no entanto, seis bilhões de litros desperdiçados no país são jogados fora entre a retirada dos mananciais e a chegada às torneiras. Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), em Porto Velho (Rondônia), 78,8% da água é desperdiçada. Em Rio Branco, Manaus e Belém, esse índice também é superior a 70%.
De acordo com o Instituto, água jogada fora nessas capitais seria suficiente para abastecer quase cinco milhões de habitantes. Para diminuir o desperdício, deve-se aumentar os investimentos nas redes e atender rapidamente as notificações de vazamentos.
O consumo médio de água nos lares brasileiros está 40 litros acima do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por pessoa, que é de 110 litros. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória extrapolam ainda mais esse número e chegam à média populacional de 220 litros.
Com informações do blog de Olho nos Deputados e Agência Brasil
terça-feira, 15 de abril de 2008
Entidades internacionais defendem moratória contra biocombustíveis
Luana Lourenço*
Brasília, DF - Representantes de organizações não-governamentais (ONGs) ligadas à soberania alimentar defenderam ontem (14), primeiro dia da 30ª Conferência Regional da Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), uma moratória internacional contra os biocombustíveis, entre eles o etanol e o biodiesel brasileiros.
“Queremos fazer uma chamada urgente contra os agrocombustíveis por uma América Latina e Caribe sem fome”, afirmou o representante do Comitê Internacional de Planejamento de ONGs para a Soberania Alimentaria (CIP), Saul Lopez. Ele lembrou a afirmação feita hoje na Alemanha pelo relator especial da Organização das Nações Unidas para o Direito à Alimentação (Fian), o suíço Jean Ziegler, que classificou a produção em massa de biocombustíveis como um “crime contra a humanidade”.
“Os biocombustíveis geram a perda das autonomias alimentares, dificultam a reforma agrária e o acesso econômico aos alimentos se deteriora ainda mais”, acrescentou uma representante da Organização de Direitos Humanos pelo Direito à Alimentação (Fian).
O argumento das ONGs é o de que o estímulo aos biocombustíveis compete com a produção de alimentos e gera conflitos nos países pobres, como o ocorrido no Haiti na última semana, por exemplo. “Como é possível que enquanto milhões de pessoas passam fome no mundo, utilizem-se os alimentos para produzir agrocombustíveis em lugar de dar de comer as essas pessoas? Isso só beneficia as indústrias e os donos de veículos [automotivos]”, argumentou Lopez.
O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou no encontro que o embate entre alimentos e biocombustíveis não se aplica à realidade brasileira pelas “dimensões continentais” do país: “Podemos, perfeitamente, pelas nossas características territoriais, compatibilizar as duas coisas. Podemos calçar bem o desenvolvimento do país em várias frentes, inclusive usando também os biocombustíveis para dar maior apoio e maior renda aos pequenos produtores.”
A utilização de cana-de-açúcar, e não milho, para produção de etanol também é um dos argumentos do governo brasileiro para defender a compatibilidade das atividades. Na avaliação do representante do CIP, no entanto, essa não é uma justificativa para a produção de biocombustíveis.
“Não é somente um assunto de não utilizar alimentos para produzir combustíveis, isso é apenas uma parte. A outra questão é o estímulo à monocultura, que invade grandes extensões de terra e rompe com o equilíbrio do meio ambiente, e isso se dá com milho, soja ou cana-de-açúcar. Querem resolver o problema das mudanças climáticas e da falta de combustíveis gerando outros problemas”, comparou.
A 30ª Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação vai até sexta-feira (18), no Palácio do Itamaraty.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / Agência Brasil.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Queima da cana-de-açúcar é responsável por doenças respiratórias em crianças e idosos
Brasil festeja lucros das exportações de açúcar e álcool, mas continua ignorando os prejuízos à saúde da população e ao SUS
O Brasil tem, hoje, cerca de 5 milhões de hectares de cana-de-açúcar plantados, 75% no Estado de São Paulo. Da área total cultivada, 80% é queimada nos seis meses de pré-colheita, o que equivale a, aproximadamente, 4 milhões de hectares. Com a queima de toda essa biomassa por longo período, são enviadas à atmosfera inúmeras partículas e gases poluentes, que influem direta e indiretamente na saúde de praticamente todos os habitantes do interior do Estado de São Paulo. É nestas regiões que se concentram as plantações, desde que o cultivo da cana substituiu quase que completamente o do café.
Diversos estudos, realizados por pneumologistas, biólogos e físicos, confirmam que as partículas suspensas na atmosfera, especialmente as finas e ultrafinas, penetram no sistema respiratório provocando reações alérgicas e inflamatórias. Além disso, não raro, os poluentes vão até a corrente sangüínea, causando complicações em diversos órgãos do organismo.
O Dr. José Eduardo Delfini Cançado, da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), finalizou em 2003 uma tese de doutorado sobre o assunto, que apresentou à Faculdade de Medicina da USP. Adaptado para a forma de artigo, o estudo será publicado na edição de maio de 2006 da revista científica Environmental Health Perpectives.
O trabalho focalizou a região de Piracicaba e baseou-se em pesquisas anteriores. Uma delas, do dr. Márcio Arbex – ex-presidente regional da SPPT - teve como objeto de pesquisa a cidade de Araraquara, no ano de 1995, e concluiu que o aumento de partículas de fuligem (provenientes da queima da cana) era diretamente proporcional ao crescimento das inalações realizadas no Hospital São Paulo de Araraquara. A tese é do dr. Cançado baseou-se também no estudo de uma física, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), que coletou e analisou a composição das partículas suspensas na região de Piracicaba. Assim, tornou possível definir quanto da poluição atmosférica da cidade advém da queima de combustíveis fósseis (automóveis, principalmente), da indústria e da queima de biomassa (cana, principalmente). A análise dos dados confirmou que 75% das partículas finas provêm da queima da cana-de-açúcar.
A poluição atmosférica pode ser medida em microgramas de partículas poluentes por metro cúbico de ar. A taxa permitida pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente é 50 microgramas. A média anual calculada na região de Piracicaba foi de 56, exatamente a mesma que a da cidade de São Paulo. O dado mais alarmante, porém, é que nos seis meses da safra, a taxa, em Piracicaba, sobe para 88 e na entressafra cai para 29.
"O que fiz foi correlacionar estes dados com as internações de crianças menores de 13 anos e de idosos com mais de 65 anos por doenças respiratórias em hospitais do SUS. Estudei as duas faixas mais suscetíveis: as crianças, por ainda não terem sistema imunológico bem formado, e os idosos, por freqüentemente já apresentarem doenças de base, como bronquite, asma, enfisema pulmonar e insuficiência cardíaca", explica o dr. Cançado. Essa análise concluiu que quando há aumento da poluição, há também aumento das internações, na seguinte proporção: a cada 10 microgramas a mais de partículas por metro cúbico há aumento de 20% nas internações.
Ainda segundo o especialista, "as pessoas já percebiam os malefícios em seu cotidiano e os médicos notavam o forte impacto da queima na saúde da população, mas não tinham uma comprovação científica".
A queima da cana é realizada para facilitar e agilizar a colheita. Uma alternativa considerável é o uso de máquinas coletoras. Em áreas com declive maior de 12% ou muito pequenas, porém, é impossível a utilização desta máquinas. Para o dr. Cançado, este é o principal entrave para o fim das queimadas, mas, como justificativa, é insuficiente.
"O plantio e a colheita da cana são feitos praticamente da mesma forma há 50 anos. Não se investe na melhora tecnológica ou das condições de trabalho, apenas em diminuir os custos e aumentar os lucros. Há condições para se desenvolver máquinas que entrem nas áreas que hoje são consideradas não mecanizáveis, mas se não houver uma lei obrigando, ninguém vai investir", afirma.
Por sua vez, o corte manual é possível sem as queimadas, mas os próprios cortadores, que recebem por produtividade, preferem cortar a cana já queimada, pois o trabalho fica mais veloz. Estes trabalhadores, inclusive, estão entre os mais atingidos pelos malefícios da poluição resultante da queima de cana-de-açúcar. Além disso, suas condições de trabalho são absurdas, com longas jornadas de exposição exagerada ao sol e alimentação inadequada.
No ano passado, foram registradas 13 mortes de cortadores por exaustão na região de Piracicaba. A gravidade desta estatística resultou numa medida do Ministério Público, que obriga os proprietários de todo o Estado de São Paulo a registrar os trabalhadores e pagar salário fixo, que não dependa da produtividade.
E, falando em determinações legais, em 2001, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prorrogou o prazo de uma lei que obrigava a extinção das queimadas até 2008. De acordo com a nova determinação, aprovada por decurso de prazo, ou seja, sem ser adequadamente votada, as áreas mecanizáveis (relativamente planas e maiores do que 150 hectares) devem parar as queimadas até o ano de 2021. Já as áreas menores e com declividade, ou seja, as não mecanizáveis, tem prazo estendido até 2031. Essa lei determina também que a extinção deverá ser escalonada, de maneira que há metas anuais de diminuição de queimada. Para 2006, a redução deverá ser de 20%.
"O prazo é longo demais", acredita o dr. Cançado, que afirma que a lei se contradiz, pois determina que a ela própria deve ser suspensa, caso seja demonstrado que há prejuízos graves para o ambiente ou para a saúde. "O problema é que quando foi publicada, já havia estudos comprovando os graves problemas de saúde que as queimadas causam".
Dr. Cançado relata que os grandes produtores já estão conscientes da necessidade de parar de queimar. O problema ainda são os pequenos, cujas áreas não são mecanizáveis. Ele acredita que estes produtores deveriam ser obrigados a substituir o cultivo ou, caso sejam desenvolvidas máquinas que contemplem os terrenos menores, utilizá-las. Neste caso, nem mesmo o preço das novas máquinas pode ser colocado como barreira, pois há grandes cooperativas que poderiam se unir para adquiri-las.
O setor, aliás, é um do mais fortes do país. O Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo e o álcool tem excelente valorização na economia nacional e mundial, com comercialização com o Japão e possibilidades de exportação para a Alemanha.
Regionalmente, os usineiros têm muita influência. Diversas cidades do interior de São Paulo estão intensamente envolvidas com a plantação da cana e com toda a indústria relacionada a ela. Em alguns casos, a relação chega a ser de dependência. Em Piracicaba, por exemplo, entre 60 e 70% da economia giram em torno do setor.
Dr. Cançado lembra que o problema é grave e precisa de uma solução. "Felizmente, cada vez mais se fala sobre isso. Aos poucos as pessoas estão sendo sensibilizadas e começando a cobrar. Têm ocorrido várias ações públicas em cidades do interior, como Ribeirão Preto, Franca, Jaú, Piracicaba, Santa Bárbara. Todas têm evidência científica mostrando que as queimadas fazem mal à saúde e que têm que acabar".
À população, freqüentemente se apresentam as contribuições da exportação de produtos como açúcar e álcool para a economia brasileira. Deixa-se de lado, porém, os gastos atuais e futuros com o adiamento de soluções para problemas como o das queimadas.
A tese do dr. José Eduardo Delfini Cançado evidencia que os poluentes têm causado inúmeras internações e, conseqüentemente, altos gastos para o Sistema Único de Saúde. Porém, por serem efeitos indiretos da queima da cana-de-açúcar, acabam não sendo considerados. Isto sem contar que a pesquisa considerou apenas as internações. A questão é que a maior parte dos atingidos por problemas de saúde ocasionados pela poluição atmosférica tem gastos com consultas e remédios, mas não chega a ser internada, o que indica que os efeitos são ainda mais alarmantes.
O Brasil tem, hoje, cerca de 5 milhões de hectares de cana-de-açúcar plantados, 75% no Estado de São Paulo. Da área total cultivada, 80% é queimada nos seis meses de pré-colheita, o que equivale a, aproximadamente, 4 milhões de hectares. Com a queima de toda essa biomassa por longo período, são enviadas à atmosfera inúmeras partículas e gases poluentes, que influem direta e indiretamente na saúde de praticamente todos os habitantes do interior do Estado de São Paulo. É nestas regiões que se concentram as plantações, desde que o cultivo da cana substituiu quase que completamente o do café.
Diversos estudos, realizados por pneumologistas, biólogos e físicos, confirmam que as partículas suspensas na atmosfera, especialmente as finas e ultrafinas, penetram no sistema respiratório provocando reações alérgicas e inflamatórias. Além disso, não raro, os poluentes vão até a corrente sangüínea, causando complicações em diversos órgãos do organismo.
O Dr. José Eduardo Delfini Cançado, da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), finalizou em 2003 uma tese de doutorado sobre o assunto, que apresentou à Faculdade de Medicina da USP. Adaptado para a forma de artigo, o estudo será publicado na edição de maio de 2006 da revista científica Environmental Health Perpectives.
O trabalho focalizou a região de Piracicaba e baseou-se em pesquisas anteriores. Uma delas, do dr. Márcio Arbex – ex-presidente regional da SPPT - teve como objeto de pesquisa a cidade de Araraquara, no ano de 1995, e concluiu que o aumento de partículas de fuligem (provenientes da queima da cana) era diretamente proporcional ao crescimento das inalações realizadas no Hospital São Paulo de Araraquara. A tese é do dr. Cançado baseou-se também no estudo de uma física, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), que coletou e analisou a composição das partículas suspensas na região de Piracicaba. Assim, tornou possível definir quanto da poluição atmosférica da cidade advém da queima de combustíveis fósseis (automóveis, principalmente), da indústria e da queima de biomassa (cana, principalmente). A análise dos dados confirmou que 75% das partículas finas provêm da queima da cana-de-açúcar.
A poluição atmosférica pode ser medida em microgramas de partículas poluentes por metro cúbico de ar. A taxa permitida pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente é 50 microgramas. A média anual calculada na região de Piracicaba foi de 56, exatamente a mesma que a da cidade de São Paulo. O dado mais alarmante, porém, é que nos seis meses da safra, a taxa, em Piracicaba, sobe para 88 e na entressafra cai para 29.
"O que fiz foi correlacionar estes dados com as internações de crianças menores de 13 anos e de idosos com mais de 65 anos por doenças respiratórias em hospitais do SUS. Estudei as duas faixas mais suscetíveis: as crianças, por ainda não terem sistema imunológico bem formado, e os idosos, por freqüentemente já apresentarem doenças de base, como bronquite, asma, enfisema pulmonar e insuficiência cardíaca", explica o dr. Cançado. Essa análise concluiu que quando há aumento da poluição, há também aumento das internações, na seguinte proporção: a cada 10 microgramas a mais de partículas por metro cúbico há aumento de 20% nas internações.
Ainda segundo o especialista, "as pessoas já percebiam os malefícios em seu cotidiano e os médicos notavam o forte impacto da queima na saúde da população, mas não tinham uma comprovação científica".
A queima da cana é realizada para facilitar e agilizar a colheita. Uma alternativa considerável é o uso de máquinas coletoras. Em áreas com declive maior de 12% ou muito pequenas, porém, é impossível a utilização desta máquinas. Para o dr. Cançado, este é o principal entrave para o fim das queimadas, mas, como justificativa, é insuficiente.
"O plantio e a colheita da cana são feitos praticamente da mesma forma há 50 anos. Não se investe na melhora tecnológica ou das condições de trabalho, apenas em diminuir os custos e aumentar os lucros. Há condições para se desenvolver máquinas que entrem nas áreas que hoje são consideradas não mecanizáveis, mas se não houver uma lei obrigando, ninguém vai investir", afirma.
Por sua vez, o corte manual é possível sem as queimadas, mas os próprios cortadores, que recebem por produtividade, preferem cortar a cana já queimada, pois o trabalho fica mais veloz. Estes trabalhadores, inclusive, estão entre os mais atingidos pelos malefícios da poluição resultante da queima de cana-de-açúcar. Além disso, suas condições de trabalho são absurdas, com longas jornadas de exposição exagerada ao sol e alimentação inadequada.
No ano passado, foram registradas 13 mortes de cortadores por exaustão na região de Piracicaba. A gravidade desta estatística resultou numa medida do Ministério Público, que obriga os proprietários de todo o Estado de São Paulo a registrar os trabalhadores e pagar salário fixo, que não dependa da produtividade.
E, falando em determinações legais, em 2001, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prorrogou o prazo de uma lei que obrigava a extinção das queimadas até 2008. De acordo com a nova determinação, aprovada por decurso de prazo, ou seja, sem ser adequadamente votada, as áreas mecanizáveis (relativamente planas e maiores do que 150 hectares) devem parar as queimadas até o ano de 2021. Já as áreas menores e com declividade, ou seja, as não mecanizáveis, tem prazo estendido até 2031. Essa lei determina também que a extinção deverá ser escalonada, de maneira que há metas anuais de diminuição de queimada. Para 2006, a redução deverá ser de 20%.
"O prazo é longo demais", acredita o dr. Cançado, que afirma que a lei se contradiz, pois determina que a ela própria deve ser suspensa, caso seja demonstrado que há prejuízos graves para o ambiente ou para a saúde. "O problema é que quando foi publicada, já havia estudos comprovando os graves problemas de saúde que as queimadas causam".
Dr. Cançado relata que os grandes produtores já estão conscientes da necessidade de parar de queimar. O problema ainda são os pequenos, cujas áreas não são mecanizáveis. Ele acredita que estes produtores deveriam ser obrigados a substituir o cultivo ou, caso sejam desenvolvidas máquinas que contemplem os terrenos menores, utilizá-las. Neste caso, nem mesmo o preço das novas máquinas pode ser colocado como barreira, pois há grandes cooperativas que poderiam se unir para adquiri-las.
O setor, aliás, é um do mais fortes do país. O Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo e o álcool tem excelente valorização na economia nacional e mundial, com comercialização com o Japão e possibilidades de exportação para a Alemanha.
Regionalmente, os usineiros têm muita influência. Diversas cidades do interior de São Paulo estão intensamente envolvidas com a plantação da cana e com toda a indústria relacionada a ela. Em alguns casos, a relação chega a ser de dependência. Em Piracicaba, por exemplo, entre 60 e 70% da economia giram em torno do setor.
Dr. Cançado lembra que o problema é grave e precisa de uma solução. "Felizmente, cada vez mais se fala sobre isso. Aos poucos as pessoas estão sendo sensibilizadas e começando a cobrar. Têm ocorrido várias ações públicas em cidades do interior, como Ribeirão Preto, Franca, Jaú, Piracicaba, Santa Bárbara. Todas têm evidência científica mostrando que as queimadas fazem mal à saúde e que têm que acabar".
À população, freqüentemente se apresentam as contribuições da exportação de produtos como açúcar e álcool para a economia brasileira. Deixa-se de lado, porém, os gastos atuais e futuros com o adiamento de soluções para problemas como o das queimadas.
A tese do dr. José Eduardo Delfini Cançado evidencia que os poluentes têm causado inúmeras internações e, conseqüentemente, altos gastos para o Sistema Único de Saúde. Porém, por serem efeitos indiretos da queima da cana-de-açúcar, acabam não sendo considerados. Isto sem contar que a pesquisa considerou apenas as internações. A questão é que a maior parte dos atingidos por problemas de saúde ocasionados pela poluição atmosférica tem gastos com consultas e remédios, mas não chega a ser internada, o que indica que os efeitos são ainda mais alarmantes.
sábado, 12 de abril de 2008
Inpe investiga no Sudeste fenômeno 12 vezes mais poderoso do que o raio normal
Na ficção, Stan Lee criou a Tempestade, a integrante dos X-Men com o poder de controlar raios e trovões. Na realidade, a personagem vivida no cinema pela estrondosa Halle Berry é totalmente dispensável, já que a própria natureza se encarrega de criar fenômenos como o dos super-raios. Essas pouco conhecidas descargas elétricas de alta intensidade e grande poder de destruição foram o tema de um estudo inédito no Brasil sobre a sua ocorrência no Sudeste.
Conduzido pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), o trabalho, que buscou também identificar as condições meteorológicas favoráveis ao seu surgimento, vai ser apresentado no final do mês na Conferência Internacional sobre Raios, em Tucson, nos Estados Unidos.
— Os super-raios são raros se comparados com os raios normais, mas sua força é enorme, com alguns atingindo a intensidade de mais de 500 mil ampêres, quando um raio normal tem, em média, 40 mil ampêres — revela Osmar Pinto Júnior, coordenador do Elat.
No estudo, utilizando dados da rede brasileira de monitoramento de raios — o Elat conta com mais de 50 sensores espalhados pelo país, a terceira maior rede do planeta — descobriu-se que ocorreram cerca de 500 super-raios no país em quase dez anos.
— A idéia principal do trabalho era saber onde eles ocorrem com mais freqüência e se existem condições propícias ao seu surgimento. São os primeiros passos para que possamos, no futuro, entender melhor esse fenômeno tão pouco estudado, e nos prevenir também, claro.
Poder destrutivo que supera proteções
O Sudeste foi escolhido por ser a região onde caem mais raios no Brasil, que, por sua vez, é o país com a maior incidência de descargas elétricas do mundo. Por aqui, os raios causam prejuízos anuais de cerca de R$500 milhões, além de deixar, em média, cem mortos e 500 feridos. De acordo com um outro levantamento feito pelo Elat, foram registradas 46 mortes por raios em 2007 no Brasil.
— Em relação às mortes, os superraios não são nem tão críticos, já que num ser humano todo raio causa um forte impacto — explica o pesquisador. — Mas do ponto de vista de proteção, existe uma diferença brutal.
De acordo com Osmar Pinto Júnior, quase sempre os super-raios superam as proteções existentes.
— Já tivemos relatos de danos muito grandes em fábricas e prédios cujos pára-raios não conseguiram suportar o impacto desses super-raios. Mas em função da sua incidência relativamente pequena, não caberia propormos rever as normas de proteção para todo o país por conta de uma quantidade reduzida desses raios. O que queríamos era saber onde eles ocorrem para, aí sim, pensar em futuras proteções.
O trabalho revelou que a maioria dos super-raios, como era de se esperar, acontece no estado que mais recebe descargas elétricas no país: São Paulo.
— Mas a novidade foi descobrir que eles não acontecem nas áreas urbanas, Nenhum super-raio foi registrado na Grande São Paulo — conta o coordenador do Elat. — Eles ocorrem em sua maioria no interior, mais próximo a Campinas e daí em direção ao oeste do estado.
Já o Rio de Janeiro foi atingido por apenas sete raios nesse período, sendo que quatro aconteceram, como em SP, no interior do estado.
— Apenas dois foram registrados próximos à cidade do Rio — diz Osmar Pinto Júnior.
Queimadas podem causar o fenômeno
O estudo do Elat/Inpe mostrou que tais fenômenos não ocorrem aleatoriamente e sim em associação com as frentes frias.
— Foi uma revelação interessante. Descobrimos também que os super-raios acontecem em formações em que há nuvens muito altas — conta o pesquisador. — Trata-se de um dos primeiros trabalhos no mundo a fazer esse tipo de associação meteorológica. Graças a isso, podemos agora voltar ao passado e rever casos, não estudados, em que, possivelmente, ocorreram super-raios.
Uma das próximas seqüências do trabalho, revela Osmar Pinto Júnior, é tentar descobrir o que faz com que os super-raios se concentrem naquela região.
— Nesse sentido, ainda estamos no terreno da hipóteses — revela. — Mas uma das mais interessantes hipóteses que temos liga os super-raios às queimadas de cana-de-açúcar. Aquela região tem uma grande incidência de queimadas. Será que toda aquela fumaça e ar quente lançados na atmosfera fazem com que as tempestades fiquem mais intensas? Essa é uma das questões que temos que resolver daqui para a frente.
Fonte: *Jornal O Globo (9/4) / Portal do Meio Ambiente.
Líder indígena leva mapa do desmatamento ao Google
O Google está prestes a colocar na internet, com acesso aberto, mapas detalhados da devastação na floresta Amazônica. A iniciativa surgiu após um pedido de ajuda do líder indígena Almir Suruí ao Google Earth para mapear a terra de sua tribo e, assim, protegê-la do desmatamento. A tribo fica no município de Cacoal, em Rondônia, e faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro.
Em entrevista, a diretora dos programas do Google Earth, Rebecca Moore, disse que ainda neste ano o site terá os mapas, que ficarão disponíveis para qualquer internauta. A iniciativa deve lançar ainda mais pressão sobre o governo, já que qualquer pessoa poderá acompanhar onde a floresta está desaparecendo. Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já publica na internet imagens de satélite de desmatamento na Amazônia. Porém, elas estão “brutas”, o que pode dificultar a visualização e o entendimento pelos leigos.
Tanto para a tribo dos índios suruís, de 1,2 mil habitantes, como para o Google a iniciativa é considerada “histórica”. O Google Earth é um serviço de imagens de satélite e mapas via internet acessado diariamente por milhões de pessoas. O pedido foi feito há cerca de um ano e, agora, a empresa diz estar prestes a concluir seu trabalho de mapeamento, mas não divulgou de qual satélite utilizará as imagens. “O Brasil será um local estratégico. Imagine o quanto poderia salvar em termos de florestas com essas imagens”, afirmou Rebecca.
Nesta terça-feira, 8 de abril, o Google colocou no ar imagens e textos em inglês dos esforços do líder Almir Suruí em sua tribo. “Podemos ver como as terras desses indígenas estão cercadas de desmatamento”, disse Rebecca. Entre as informações no site, está a constatação de que nos últimos cinco anos, 11 líderes indígenas na região foram assassinados. Almir, segundo o Google, estaria obstinado com a missão de salvar seu território, colocando correntes e barreiras para evitar invasões.
ONGs
Nesta quinta-feira, 10 de abril, o índio estará em Londres e será a estrela no anúncio do Google de seus novos projetos de mapeamento no mundo. “Almir foi escolhido como um dos 35 personagens identificados no mundo e que podem ser considerados como heróis na defesa dos direitos humanos”, disse Rebecca. A empresa, porém, afirma que não vai se limitar a colaborar só com Almir Suruí. “Temos um número importante de ONGs nos procurando para saber como podem mapear áreas na floresta para fortalecer o controle e evitar o corte das árvores. Estamos estudando uma série de projetos nesse sentido”, afirmou a executiva.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / AMDA / Portal Uai/Agência Estado.
Em entrevista, a diretora dos programas do Google Earth, Rebecca Moore, disse que ainda neste ano o site terá os mapas, que ficarão disponíveis para qualquer internauta. A iniciativa deve lançar ainda mais pressão sobre o governo, já que qualquer pessoa poderá acompanhar onde a floresta está desaparecendo. Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já publica na internet imagens de satélite de desmatamento na Amazônia. Porém, elas estão “brutas”, o que pode dificultar a visualização e o entendimento pelos leigos.
Tanto para a tribo dos índios suruís, de 1,2 mil habitantes, como para o Google a iniciativa é considerada “histórica”. O Google Earth é um serviço de imagens de satélite e mapas via internet acessado diariamente por milhões de pessoas. O pedido foi feito há cerca de um ano e, agora, a empresa diz estar prestes a concluir seu trabalho de mapeamento, mas não divulgou de qual satélite utilizará as imagens. “O Brasil será um local estratégico. Imagine o quanto poderia salvar em termos de florestas com essas imagens”, afirmou Rebecca.
Nesta terça-feira, 8 de abril, o Google colocou no ar imagens e textos em inglês dos esforços do líder Almir Suruí em sua tribo. “Podemos ver como as terras desses indígenas estão cercadas de desmatamento”, disse Rebecca. Entre as informações no site, está a constatação de que nos últimos cinco anos, 11 líderes indígenas na região foram assassinados. Almir, segundo o Google, estaria obstinado com a missão de salvar seu território, colocando correntes e barreiras para evitar invasões.
ONGs
Nesta quinta-feira, 10 de abril, o índio estará em Londres e será a estrela no anúncio do Google de seus novos projetos de mapeamento no mundo. “Almir foi escolhido como um dos 35 personagens identificados no mundo e que podem ser considerados como heróis na defesa dos direitos humanos”, disse Rebecca. A empresa, porém, afirma que não vai se limitar a colaborar só com Almir Suruí. “Temos um número importante de ONGs nos procurando para saber como podem mapear áreas na floresta para fortalecer o controle e evitar o corte das árvores. Estamos estudando uma série de projetos nesse sentido”, afirmou a executiva.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / AMDA / Portal Uai/Agência Estado.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Novo relatório do Greenpeace revela desperdício de recursos públicos na construção da usina nuclear. Prejuízo pode chegar a R$ 4 bilhões.
Bilhões de reais dos cofres públicos brasileiros estão condenados à descer privada abaixo caso o governo federal insista em construir Angra 3. Para evidenciar isso, ativistas do Greenpeace promoveram na manhã desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, um protesto em que manifestantes representando funcionários da Eletrobrás depositaram moedas gigantes nas 21 privadas de amarelo e preto na entrada da empresa estatal, responsável pelas obras da terceira usina nuclear brasileira.
Uma faixa com os dizeres “Eletrobrás: economize já!, Nuclear, não” pedia que a instituição pare de desperdiçar recursos da União com Angra 3. Os manifestantes protocolaram na Eletrobrás uma carta explicando o motivo do protesto e exigindo que a empresa disponibilize ao público os dados oficiais do projeto de Angra 3.
A manifestação marcou também o lançamento do relatório “Elefante Branco: os verdadeiros custos da energia nuclear”, que traz uma análise técnica da ginástica financeira utilizada pelo governo federal para apresentar Angra 3 como um projeto economicamente viável.
Fonte: Greenpeace
Uma faixa com os dizeres “Eletrobrás: economize já!, Nuclear, não” pedia que a instituição pare de desperdiçar recursos da União com Angra 3. Os manifestantes protocolaram na Eletrobrás uma carta explicando o motivo do protesto e exigindo que a empresa disponibilize ao público os dados oficiais do projeto de Angra 3.
A manifestação marcou também o lançamento do relatório “Elefante Branco: os verdadeiros custos da energia nuclear”, que traz uma análise técnica da ginástica financeira utilizada pelo governo federal para apresentar Angra 3 como um projeto economicamente viável.
Fonte: Greenpeace
terça-feira, 8 de abril de 2008
Artigo: Educação eco-centrada - Leonardo Boff
Há duas portas de entrada para a educação e para a socialização da vida humana: a família e a escola. Da família herdamos ou não o sentido da acolhida e da auto-confiança (da mãe) e o sentido dos limites e a percepção de valores éticos (do pai). A escola, alem que repassar informações, se propõe o objetivo de criar as condições para a formação de pessoas autônomas com competência para plasmar o próprio destino e aprender a conviver como cidadãos participativos. A educação, nesta perspetiva, era centrada no ser humano e na sociedade.
Esse propósito correto é hoje insuficiente. Depois que irrompeu o paradigma ecológico, nos conscientizamos do fato de que todos somos ecodependentes. Não podemos viver sem o meio-ambiente, com seus ecossistemas, que incluído o ser humano, forma o ambiente inteiro. Somos um elo da comunidade biótica. A humanidade não está frente à natureza, nem acima dela como donos mas dentro dela como parte integrante e essencial. Participamos de uma comunidade de interesses com os demais seres vivos que conosco compartem a biosfera. O interesse comum básico é manter as condições para a continuidade da vida e da própria Terra, tida como superorganismo vivo, Gaia.
O fato novo, até ha pouco ausente na consciência coletiva da grande maioria e também de cientistas, é que todo o sistema de vida está correndo risco. É conseqüência de uma civilização produtivista/consumista/materialista que tem predominado nos últimos séculos, hoje globalizada. Ela fez com que a Terra perdesse seu frágil equilíbrio e sua capacidade de autoregeneração. Temos que impedir que Gaia entre num processo de caos, buscando através dele um novo equilíbrio, mas à custa de pesados sacrifícios ecológicos como a dizimação de milhares de espécies, cataclismos, secas, inundações, insegurança alimentar em vastas proporções e, eventualmente, o desaparecimento de incalculável número de seres humanos.
A partir de agora a educação deve impreterivelmente incluir as quatro grandes tendências da ecologia: a ambiental, a social, a mental e a integral ou profunda (aquela que discute nosso lugar na natureza e nossa inserção na complexa teia das energias cósmicas). Mais e mais se impõem entre os educadores ambientais esta perpectiva: educar para a arte de viver em harmonia com a natureza e propor-se repartir equitativamente aos demas seres, os recursos da cultura e do desenvolvimento sustentável.
Precisamos estar conscientes de que não se trata apenas de introduzir corretivos ao sistema que criou a atual crise ecológica mas de educar para sua transformação. Isto implica superar a visão reducionista e mecanicista ainda imperante e assumir a cultura da complexidade. Ela nos permite ver as interrelações do mundo vivo e as ecodependências do ser humano. Tal verificação exige tratar as questões ambientais de forma global e integrada.
Deste tipo de educação se deriva a dimensão ética de responsabilidade e de cuidado pelo futuro comum da Terra e da humanidade. Faz descobrir o ser humano como o cuidador do jardim do Éden que é nossa Casa Comum e o guardião de todos seres. A democracia além de ser sem fim como o quer com razão Boaventura de Souza Santos, será também uma democracia sócio-ecológica. Junto com a cidadania (que vem de cidade) estará a florestania( que vem de floresta), ensaiada pelo governo petista do Acre. Ser humano e natureza se pertencem mutuamente e juntos devem construir um caminho de convivência não destrutiva.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / lboff.
Esse propósito correto é hoje insuficiente. Depois que irrompeu o paradigma ecológico, nos conscientizamos do fato de que todos somos ecodependentes. Não podemos viver sem o meio-ambiente, com seus ecossistemas, que incluído o ser humano, forma o ambiente inteiro. Somos um elo da comunidade biótica. A humanidade não está frente à natureza, nem acima dela como donos mas dentro dela como parte integrante e essencial. Participamos de uma comunidade de interesses com os demais seres vivos que conosco compartem a biosfera. O interesse comum básico é manter as condições para a continuidade da vida e da própria Terra, tida como superorganismo vivo, Gaia.
O fato novo, até ha pouco ausente na consciência coletiva da grande maioria e também de cientistas, é que todo o sistema de vida está correndo risco. É conseqüência de uma civilização produtivista/consumista/materialista que tem predominado nos últimos séculos, hoje globalizada. Ela fez com que a Terra perdesse seu frágil equilíbrio e sua capacidade de autoregeneração. Temos que impedir que Gaia entre num processo de caos, buscando através dele um novo equilíbrio, mas à custa de pesados sacrifícios ecológicos como a dizimação de milhares de espécies, cataclismos, secas, inundações, insegurança alimentar em vastas proporções e, eventualmente, o desaparecimento de incalculável número de seres humanos.
A partir de agora a educação deve impreterivelmente incluir as quatro grandes tendências da ecologia: a ambiental, a social, a mental e a integral ou profunda (aquela que discute nosso lugar na natureza e nossa inserção na complexa teia das energias cósmicas). Mais e mais se impõem entre os educadores ambientais esta perpectiva: educar para a arte de viver em harmonia com a natureza e propor-se repartir equitativamente aos demas seres, os recursos da cultura e do desenvolvimento sustentável.
Precisamos estar conscientes de que não se trata apenas de introduzir corretivos ao sistema que criou a atual crise ecológica mas de educar para sua transformação. Isto implica superar a visão reducionista e mecanicista ainda imperante e assumir a cultura da complexidade. Ela nos permite ver as interrelações do mundo vivo e as ecodependências do ser humano. Tal verificação exige tratar as questões ambientais de forma global e integrada.
Deste tipo de educação se deriva a dimensão ética de responsabilidade e de cuidado pelo futuro comum da Terra e da humanidade. Faz descobrir o ser humano como o cuidador do jardim do Éden que é nossa Casa Comum e o guardião de todos seres. A democracia além de ser sem fim como o quer com razão Boaventura de Souza Santos, será também uma democracia sócio-ecológica. Junto com a cidadania (que vem de cidade) estará a florestania( que vem de floresta), ensaiada pelo governo petista do Acre. Ser humano e natureza se pertencem mutuamente e juntos devem construir um caminho de convivência não destrutiva.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / lboff.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Desmatamento leva cobras para centros urbanos, dizem especialistas
O aumento no número de cobras encontradas no meio urbano, em diversas cidades do país, pode ser justificado pelo desmatamento e pela destruição do habitat natural desses animais. É isso o que explica o coordenador de fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira.
Veja fotos de cobras encontradas pelo país
Para Moreira, o homem tem avançado e destruído os ambientes naturais desses e de outros animais. “Temos visto também o aparecimento de grandes felinos nas cidades. Isso acontece, tanto no caso das cobras como no caso de quaisquer outros animais, porque, em uma medida de emergência, as espécies vão procurar alimento nos conglomerados urbanos”, explica.
Segundo o biólogo Fausto Barbo, do Instituto Butantan, que realiza um trabalho de doutorado da Universidade Estadual Paulista (Unesp) sobre serpentes no meio urbano, algumas espécies de cobras podem se adaptar melhor do que outras ao meio urbano, como é o caso da falsa coral, da dormideira e da jararaca, em São Paulo.
Ainda de acordo com ele, não só o desmatamento pode trazer as cobras para as cidades. Outra possibilidade é que a cobra seja trazida de uma zona rural, como aconteceu na segunda-feira (31), em Belo Horizonte (MG), quando o dono de um veículo trouxe um filhote de cascavel em seu carro, sem saber, depois de uma pescaria. “Algumas cobras que chegam ao Instituto Butantan, por exemplo, vêm do Ceasa, nos caminhões de frutas e verduras”, afirma.
Plano de Ação para combater queimadas será lançado
Técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou há um mês a discussão sobre o Plano de Ação 2008, que prevê o combate a queimadas.
Os itens e estratégias contidas no plano vêm sendo discutidos com servidores da Secretaria de Meio Ambiente do Estado e a previsão é de que o documento esteja pronto para ser lançado no dia 21 de abril.
Segundo o superintendente substituto do Ibama, Sebastião Silva, os órgãos ambientais têm tido bastante preocupação com relação a desmatamentos e queimadas no Estado do Acre, já que os infratores sequer estão esperando a época de estiagem.
"Em janeiro, em plena época de chuva, foram detectados desmatamentos em Boca do Acre, em Lábrea e em alguns pontos da região do Vale do Juruá. Nós sabemos que o período típico de os infratores entrarem em ação é a partir de agosto até novembro. Mas eles tentam driblar a fiscalização desmatando em outras épocas", disse o superintendente.
Silva reforçou que desde 2005, quando o Acre enfrentou grandes incêndios florestais, os planos de ações vêm sendo elaborados mais cedo para evitar reincidências.
Ele disse ainda que muitos pontos do plano ainda faltam ser acertados e por isso seria precipitado divulgar alguma informação sobre o documento. Entretanto, ele afirma que não existirá locais prioritários para a execução de ações por parte do Ibama e da Secretaria de Meio Ambiente. Todos deverão ser atendidos de forma intensificada.
"O Estado inteiro é considerado prioritário. Então, estaremos com a ação de combate a queimadas intensificada a partir da última semana de abril", reforçou.
De acordo com os relatórios feitos pela instituição, os municípios de Rio Branco, Acrelândia e Plácido de Castro são os que apresentaram maiores problemas com desmatamentos e queimadas no ano passado.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / Portal REMADE / Página 20.
Os itens e estratégias contidas no plano vêm sendo discutidos com servidores da Secretaria de Meio Ambiente do Estado e a previsão é de que o documento esteja pronto para ser lançado no dia 21 de abril.
Segundo o superintendente substituto do Ibama, Sebastião Silva, os órgãos ambientais têm tido bastante preocupação com relação a desmatamentos e queimadas no Estado do Acre, já que os infratores sequer estão esperando a época de estiagem.
"Em janeiro, em plena época de chuva, foram detectados desmatamentos em Boca do Acre, em Lábrea e em alguns pontos da região do Vale do Juruá. Nós sabemos que o período típico de os infratores entrarem em ação é a partir de agosto até novembro. Mas eles tentam driblar a fiscalização desmatando em outras épocas", disse o superintendente.
Silva reforçou que desde 2005, quando o Acre enfrentou grandes incêndios florestais, os planos de ações vêm sendo elaborados mais cedo para evitar reincidências.
Ele disse ainda que muitos pontos do plano ainda faltam ser acertados e por isso seria precipitado divulgar alguma informação sobre o documento. Entretanto, ele afirma que não existirá locais prioritários para a execução de ações por parte do Ibama e da Secretaria de Meio Ambiente. Todos deverão ser atendidos de forma intensificada.
"O Estado inteiro é considerado prioritário. Então, estaremos com a ação de combate a queimadas intensificada a partir da última semana de abril", reforçou.
De acordo com os relatórios feitos pela instituição, os municípios de Rio Branco, Acrelândia e Plácido de Castro são os que apresentaram maiores problemas com desmatamentos e queimadas no ano passado.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / Portal REMADE / Página 20.
sábado, 5 de abril de 2008
BTC elege Garota e Garoto Verão
Centenas de pessoas participaram da eleição da Garota e Garoto Verão do Bauru Tênis Clube (BTC), realizada na tarde de domingo na sede de campo do clube. Os concorrentes foram divididos em categorias de acordo com a idade e ontem, eles desfilaram para a avaliação dos jurados.
Rai Toninato Têndolo foi o vencedor da categoria de 11 a 16 anos, Gabriela Rochitte foi a vencedora da categoria de 5 a 7 anos, Mauro Júnior Crepaldi vencedor na categoria de 6 a 9 anos, Natália Cordão, na categoria de 9 a 11 anos e Any Garcia, vencedora na categoria de 12 a 16 anos. Os três primeiros colocados de cada categoria receberam premiação.
Para Fábia Cristina Mariz Soares, produtora do evento, e edição 2008 do concurso melhorou em relação ao ano passado. “Tivemos mais inscrições e contamos com mais empresas expositoras e patrocinadoras”, observa. Ela também destacou a melhor infra-estrutura neste domingo. “Tivemos apresentação de DJs e bandas. O evento está se consolidando como uma tradição no clube”, destaca.
O concurso Garoto e Garota Verão BTC foi patrocinado pelo Jornal da Cidade,96FM, com apoio da Disbauto, Chica Brasil, Skol, Blackwood. M. Light, Onodera Cosméticos, GeraArte Impressão Digital, TV Com - Grupo Nelson Paschoalotto, Morango com Mel, Camisaria Pau Brasil, CNA, Ana Cláudia Fitness, Pula-Pula Brinquedos Criativos, Pedreira Nova Fortaleza, Academia Evolução, Acessore Bolsas e Target Eventos.
Lígia Ligabue/JC
Rai Toninato Têndolo foi o vencedor da categoria de 11 a 16 anos, Gabriela Rochitte foi a vencedora da categoria de 5 a 7 anos, Mauro Júnior Crepaldi vencedor na categoria de 6 a 9 anos, Natália Cordão, na categoria de 9 a 11 anos e Any Garcia, vencedora na categoria de 12 a 16 anos. Os três primeiros colocados de cada categoria receberam premiação.
Para Fábia Cristina Mariz Soares, produtora do evento, e edição 2008 do concurso melhorou em relação ao ano passado. “Tivemos mais inscrições e contamos com mais empresas expositoras e patrocinadoras”, observa. Ela também destacou a melhor infra-estrutura neste domingo. “Tivemos apresentação de DJs e bandas. O evento está se consolidando como uma tradição no clube”, destaca.
O concurso Garoto e Garota Verão BTC foi patrocinado pelo Jornal da Cidade,96FM, com apoio da Disbauto, Chica Brasil, Skol, Blackwood. M. Light, Onodera Cosméticos, GeraArte Impressão Digital, TV Com - Grupo Nelson Paschoalotto, Morango com Mel, Camisaria Pau Brasil, CNA, Ana Cláudia Fitness, Pula-Pula Brinquedos Criativos, Pedreira Nova Fortaleza, Academia Evolução, Acessore Bolsas e Target Eventos.
Lígia Ligabue/JC
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Cresce número de políticos donos de Rádio e TV no Brasil
Dados do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom) dão conta de que o número de políticos que são empresários de mídia no Brasil está crescendo.
Os números mostram que já são 271 os políticos brasileiros que são sócios ou diretores de 348 emissoras de Rádio e TV.
Desses, 147 são prefeitos (54,24%), 55 deputados estaduais (20,3%), 48 deputados federais (17,71%), 20 senadores (7,38%) e um é governador.
Fora aqueles que colocam suas emissoras em nome de parentes, amigos ou "testas-de-ferro".
Fonte: Portal Imprensa
Os números mostram que já são 271 os políticos brasileiros que são sócios ou diretores de 348 emissoras de Rádio e TV.
Desses, 147 são prefeitos (54,24%), 55 deputados estaduais (20,3%), 48 deputados federais (17,71%), 20 senadores (7,38%) e um é governador.
Fora aqueles que colocam suas emissoras em nome de parentes, amigos ou "testas-de-ferro".
Fonte: Portal Imprensa
Surge site dedicado à MPB
A internet ganhou um novo endereço dedicado exclusivamente à MPB. O www.mpbbrasil.com é um site criado pelo Grupo MPB, proprietário da Rádio MPB FM (90,3 MHz - Rio de Janeiro/RJ) e pretende ser um portal composto de diversas mídias.
A idéia é oferecer notícias, agenda de shows, letras, vídeos, fotos e outras informações.
Desenvolvido pela empresa Go2web, o projeto abriga quatro plataformas de conteúdo, entre elas MPB FM, MPB Channel, MPB World e MPB Tube.
Fonte: Sucesso!
A idéia é oferecer notícias, agenda de shows, letras, vídeos, fotos e outras informações.
Desenvolvido pela empresa Go2web, o projeto abriga quatro plataformas de conteúdo, entre elas MPB FM, MPB Channel, MPB World e MPB Tube.
Fonte: Sucesso!
Pitty está grávida do baterista do NXZero: 'Não foi planejado'
A cantora baiana Pitty, de 30 anos, está grávida de seu namorado, o baterista da banda NX Zero Daniel Weskler, de 22 anos.
A notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa da roqueira nesta sexta-feira (4). O casal de músicos namora há um ano e meio e mora em casas separadas, na capital paulista.
"Não foi planejado, mas será bem-vindo", disse Pitty, via assessora. Ela adiantou que deve dar continuidade à turnê do DVD “(Des)Concerto ao vivo” até a metade do ano, quando a banda fará uma pausa, enquanto Daniel finaliza a turnê do CD "NX Zero" e entra no estúdio Midas para gravar o próximo trabalho com a banda.
Recentemente, ela fez uma participação no disco “Na confraria das sedutoras”, do grupo 3namassa. A cantora interpreta a música “Lágrimas pretas”, composta pelo músico Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado.
A notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa da roqueira nesta sexta-feira (4). O casal de músicos namora há um ano e meio e mora em casas separadas, na capital paulista.
"Não foi planejado, mas será bem-vindo", disse Pitty, via assessora. Ela adiantou que deve dar continuidade à turnê do DVD “(Des)Concerto ao vivo” até a metade do ano, quando a banda fará uma pausa, enquanto Daniel finaliza a turnê do CD "NX Zero" e entra no estúdio Midas para gravar o próximo trabalho com a banda.
Recentemente, ela fez uma participação no disco “Na confraria das sedutoras”, do grupo 3namassa. A cantora interpreta a música “Lágrimas pretas”, composta pelo músico Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado.
Toni Garrido deixa o Cidade Negra
Em julho, Toni Garrido vai abandonar o posto de vocalista do banda carioca Cidade Negra para se dedicar à carreira solo. O cantor terá como banda de apoio o grupo Flecha Black, com o qual já vinha tocando nos últimos meses.
Garrido deixa o reggae radiofônico do Cidade Negra para apostar num som com referências mais diversificadas: rock, música afro, e soul e funk da velha guarda.
Segundo a produtora do cantor, Garrido está viajando e só vai falar com a imprensa em maio, quando explicará melhor sua saída do Cidade Negra.
Fonte: Terra
Garrido deixa o reggae radiofônico do Cidade Negra para apostar num som com referências mais diversificadas: rock, música afro, e soul e funk da velha guarda.
Segundo a produtora do cantor, Garrido está viajando e só vai falar com a imprensa em maio, quando explicará melhor sua saída do Cidade Negra.
Fonte: Terra
Conferência reúne ambientalistas do Brasil
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA/MMA) promoverá, nos dias 28 e 29 de março, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, a III Conferência Estadual do Meio Ambiente. Realizada de 2 em 2 anos, esse modelo de gestão participativa viabiliza o compartilhamento de poder e a co-responsabilidade entre o Estado e a sociedade civil.
Desde o ano passado, foram previstas 23 Conferências Macrorregionais, respeitando-se a divisão por Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Ao todo, 11 conferências e duas pré-conferências foram realizadas abrangendo 20 regiões do estado e mobilizando cerca de 3000 pessoas de diversos segmentos em mais de 500 municípios.
As Conferências Macrorregionais contribuem para a construção do Plano Nacional de enfrentamento das Mudanças Climáticas, a partir do debate e identificação de um conjunto de medidas de mitigação e adaptação a serem apontadas pelas comunidades. Servem também para disseminar e descentralizar dados e atualidades sobre as ações e avanços na área ambiental e subsidiarão as discussões da III CEMA.
Elegem delegados conforme critérios estabelecidos pela Comissão Organizadora Estadual. A organização é aberta aos cidadãos, empresas e governos. Ao todo, 601 delegados estarão reunidos na III CEMA que definirá na plenária final 76 representantes/delegados oriundos da sociedade civil 36 (50%), setor empresarial patronal 23 (30%) e setor governamental 15 (20%) para representar o Estado de São Paulo na III Conferência Nacional do Meio Ambiente.
A III Conferência Estadual do Meio Ambiente terá como tema as Mudanças Climáticas que norteará todas as propostas encaminhadas durante os debates realizados. A previsão é de receber 1424 delegados dos 26 estados e do Distrito Federal durante os dias 08, 09, 10 e 11 de maio, em Brasília para debater políticas ambientais que forem definidas após todas as conferências estaduais.
Em 2003, na I CNMA mais de 65 mil pessoas participaram do processo, entre eles ambientalistas, empresários, governos, academia, comunidades tradicionais, indígenas, sindicatos e outros segmentos da sociedade. Desse debate, foram geradas 323 deliberações (de um total de 659 resoluções) aprovadas pela plenária, sendo que mais de 70% foram transformadas em ações pelo MMA. Na II CNMA, em 2005, mais de 86 mil pessoas participaram no processo total.
O MMA espera através de todas as conferências realizadas contribuir para esta discussão, estabelecer estratégias governamentais para o enfrentamento dos impactos do aquecimento global, disseminar o conhecimento técnico-científico e político relativo ao tema e identificar soluções concretas para sua mitigação, adaptação e educação ambiental.
Desde o ano passado, foram previstas 23 Conferências Macrorregionais, respeitando-se a divisão por Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Ao todo, 11 conferências e duas pré-conferências foram realizadas abrangendo 20 regiões do estado e mobilizando cerca de 3000 pessoas de diversos segmentos em mais de 500 municípios.
As Conferências Macrorregionais contribuem para a construção do Plano Nacional de enfrentamento das Mudanças Climáticas, a partir do debate e identificação de um conjunto de medidas de mitigação e adaptação a serem apontadas pelas comunidades. Servem também para disseminar e descentralizar dados e atualidades sobre as ações e avanços na área ambiental e subsidiarão as discussões da III CEMA.
Elegem delegados conforme critérios estabelecidos pela Comissão Organizadora Estadual. A organização é aberta aos cidadãos, empresas e governos. Ao todo, 601 delegados estarão reunidos na III CEMA que definirá na plenária final 76 representantes/delegados oriundos da sociedade civil 36 (50%), setor empresarial patronal 23 (30%) e setor governamental 15 (20%) para representar o Estado de São Paulo na III Conferência Nacional do Meio Ambiente.
A III Conferência Estadual do Meio Ambiente terá como tema as Mudanças Climáticas que norteará todas as propostas encaminhadas durante os debates realizados. A previsão é de receber 1424 delegados dos 26 estados e do Distrito Federal durante os dias 08, 09, 10 e 11 de maio, em Brasília para debater políticas ambientais que forem definidas após todas as conferências estaduais.
Em 2003, na I CNMA mais de 65 mil pessoas participaram do processo, entre eles ambientalistas, empresários, governos, academia, comunidades tradicionais, indígenas, sindicatos e outros segmentos da sociedade. Desse debate, foram geradas 323 deliberações (de um total de 659 resoluções) aprovadas pela plenária, sendo que mais de 70% foram transformadas em ações pelo MMA. Na II CNMA, em 2005, mais de 86 mil pessoas participaram no processo total.
O MMA espera através de todas as conferências realizadas contribuir para esta discussão, estabelecer estratégias governamentais para o enfrentamento dos impactos do aquecimento global, disseminar o conhecimento técnico-científico e político relativo ao tema e identificar soluções concretas para sua mitigação, adaptação e educação ambiental.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Empresa de Itapuí apresenta projeto de expansão para lideranças do PSDB
Itapuí - O diretor-presidente da Itabom, o empresário Pedro Luiz Poli, detalhou aos dirigentes do PSDB de Itapuí (44 quilômetros de Bauru) o projeto de construção de um incubatório para produzir pintos em uma área de 48 mil metros quadrados na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), a Bauru-Jaú, nas proximidades do trevo de acesso a Macatuba, no município de Pederneiras.
De acordo com Poli, o novo empreendimento terá capacidade para produzir 4,2 milhões de ovos por mês, dos quais gerarão cerca de 3,6 milhões de pintos no mesmo período. “Na primeira fase, vamos gerar cerca de 120 empregos diretos para a população de Pederneiras e seremos pioneiros no rastreamento da qualidade da produção, desde a galinha que bota o ovo até o frango que chega ao consumidor, uma inovação no mercado nacional”, garante.
Ao explicar o projeto para o presidente de honra do partido, Adolpho Saggioro, e para o pré-candidato a prefeito e presidente do PSDB de Itapuí, José Eduardo Amantini, o empresário acrescentou que o incubatório terá equipamentos de ponta importados da Holanda. Durante a visita de cortesia, no último dia 11, Saggioro e Amantini conheceram a linha de produção automatizada da empresa, que abate cerca de 150 mil frangos por dia e gera mais de 2 mil empregos diretos em Itapuí, o que corresponde a 20% da população.
O presidente do PSDB local explica que, em recente pesquisa de opinião pública realizada em Itapuí, apenas 2,9% dos entrevistados consideram a geração de novos empregos como uma das principais prioridades do município.
Fonte: Jornal cidade de Bauru
De acordo com Poli, o novo empreendimento terá capacidade para produzir 4,2 milhões de ovos por mês, dos quais gerarão cerca de 3,6 milhões de pintos no mesmo período. “Na primeira fase, vamos gerar cerca de 120 empregos diretos para a população de Pederneiras e seremos pioneiros no rastreamento da qualidade da produção, desde a galinha que bota o ovo até o frango que chega ao consumidor, uma inovação no mercado nacional”, garante.
Ao explicar o projeto para o presidente de honra do partido, Adolpho Saggioro, e para o pré-candidato a prefeito e presidente do PSDB de Itapuí, José Eduardo Amantini, o empresário acrescentou que o incubatório terá equipamentos de ponta importados da Holanda. Durante a visita de cortesia, no último dia 11, Saggioro e Amantini conheceram a linha de produção automatizada da empresa, que abate cerca de 150 mil frangos por dia e gera mais de 2 mil empregos diretos em Itapuí, o que corresponde a 20% da população.
O presidente do PSDB local explica que, em recente pesquisa de opinião pública realizada em Itapuí, apenas 2,9% dos entrevistados consideram a geração de novos empregos como uma das principais prioridades do município.
Fonte: Jornal cidade de Bauru
MP investiga compra de área em Itapuí
Fonte: Jornal Comércio do Jahu
O promotor Jorge João Marques de Oliveira instaurou inqué-rito civil para apurar o valor gasto pela prefeitura de Itapuí com a compra de dois alqueires (48,4 mil metros quadrados) por até R$ 280 mil. A área, localizada depois do Balneário Mar Azul, deve abrigar 130 casas populares. A denúncia de possível irregularidade na transação fora levantada pelo presidente da Câmara, Valdir Maia (PDT).
Maia encaminhou representação ao Ministério Público na última semana. “Estamos fazendo levantamento do valor da área do entorno da gleba adquirida pela prefeitura e está muito fora, a terra em Itapuí não vale tudo isso.” O presidente da Câmara diz que o alqueire na zona rural da cidade, onde a gleba está situada, vale cerca de R$ 80 mil.
A Câmara, que tem maioria governista, aprovou o projeto de lei que autoriza o pagamento de R$ 280 mil pela gleba no dia 5 de março. O prefeito José Gilberto Saggioro (PPS) diz que o valor máximo aprovado foi de R$ 140 mil por alqueire e a compra foi feita por R$ 130 mil.
Ao contrário de Maia, o chefe do Executivo afirma que a área está dentro do perímetro urbano. “Foi feito tudo como manda a lei, primeiramente com avaliação da área, mandado para a Câmara, aprovado, e depois foi feita a compra. Eu não vejo sentido nisso (da representação feita por Maia ao Ministério Público), apenas mais um fato político.”
Peritos
Oliveira disse que vai se pronunciar somente depois da conclusão do inquérito. Peritos do Ministério Público farão avalia-ção do valor da área e, caso as supostas irregularidades sejam constatadas, o promotor pode instaurar ação civil pública contra Saggioro por ato de improbidade administrativa.
Maia enviou ao Comércio ontem mapa do local no qual se verifica que a área a ser desmembrada e loteada fica a cerca de dois quilômetros da cidade. “Além disso, o final da infra-estrutura fica a cerca de 500 metros do terreno. Quanto vai custar para chegar até lá, se não tem dinheiro nem para fazer a infra-estrutura em bairros já existentes?”, indaga o presidente da Câmara.
Em janeiro, o promotor de Justiça Celso Élio Vannuzini e os defensores públicos Luís Gustavo Fontanetti Alves da Silva e André Spilari Bernardi se reuniram com Saggioro e exigiram a formalização de dois Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para que a prefeitura pavimente vias e complete a instalação de redes de galerias pluviais e de esgoto no Balneário Mar Azul.
O promotor Jorge João Marques de Oliveira instaurou inqué-rito civil para apurar o valor gasto pela prefeitura de Itapuí com a compra de dois alqueires (48,4 mil metros quadrados) por até R$ 280 mil. A área, localizada depois do Balneário Mar Azul, deve abrigar 130 casas populares. A denúncia de possível irregularidade na transação fora levantada pelo presidente da Câmara, Valdir Maia (PDT).
Maia encaminhou representação ao Ministério Público na última semana. “Estamos fazendo levantamento do valor da área do entorno da gleba adquirida pela prefeitura e está muito fora, a terra em Itapuí não vale tudo isso.” O presidente da Câmara diz que o alqueire na zona rural da cidade, onde a gleba está situada, vale cerca de R$ 80 mil.
A Câmara, que tem maioria governista, aprovou o projeto de lei que autoriza o pagamento de R$ 280 mil pela gleba no dia 5 de março. O prefeito José Gilberto Saggioro (PPS) diz que o valor máximo aprovado foi de R$ 140 mil por alqueire e a compra foi feita por R$ 130 mil.
Ao contrário de Maia, o chefe do Executivo afirma que a área está dentro do perímetro urbano. “Foi feito tudo como manda a lei, primeiramente com avaliação da área, mandado para a Câmara, aprovado, e depois foi feita a compra. Eu não vejo sentido nisso (da representação feita por Maia ao Ministério Público), apenas mais um fato político.”
Peritos
Oliveira disse que vai se pronunciar somente depois da conclusão do inquérito. Peritos do Ministério Público farão avalia-ção do valor da área e, caso as supostas irregularidades sejam constatadas, o promotor pode instaurar ação civil pública contra Saggioro por ato de improbidade administrativa.
Maia enviou ao Comércio ontem mapa do local no qual se verifica que a área a ser desmembrada e loteada fica a cerca de dois quilômetros da cidade. “Além disso, o final da infra-estrutura fica a cerca de 500 metros do terreno. Quanto vai custar para chegar até lá, se não tem dinheiro nem para fazer a infra-estrutura em bairros já existentes?”, indaga o presidente da Câmara.
Em janeiro, o promotor de Justiça Celso Élio Vannuzini e os defensores públicos Luís Gustavo Fontanetti Alves da Silva e André Spilari Bernardi se reuniram com Saggioro e exigiram a formalização de dois Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para que a prefeitura pavimente vias e complete a instalação de redes de galerias pluviais e de esgoto no Balneário Mar Azul.
Ingleses ensinam a transformar resíduo em dinheiro
Uma iniciativa britânica, que está sendo apresentada a empresários brasileiros, mostra que é possível ganhar dinheiro por meio do uso eficiente de recursos e redução de resíduos. Em 30 meses de existência, o Programa Nacional de Simbiose Industrial do Reino Unido (Nisp, sigla em inglês) ajudou a elevar em mais de R$ 432 milhões as vendas da indústria e, em R$ 272 milhões, os investimentos do setor privado, disse Beatriz Luz, gerente regional do programa, durante encontro promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Embaixada Britânica no Brasil. Uma análise econômica independente do programa demonstrou que o governo do Reino Unido gasta menos de dois centavos em investimento no programa para cada libra (R$ 3,30) em vendas adicionais geradas as empresas participantes.
O programa busca transformar em capital, resíduos e subprodutos resultantes de processos de produção. "Nós trabalhamos como uma consultoria. A empresa nos procura com um problema, que pode ser o elevado volume de resíduos gerados no processo. Nós estudamos as possibilidades de sinergias e a saída pode estar em outra empresa, que, ao reprocessar o produto, pode reutilizá-lo com um preço melhor do que se fosse ao mercado comprar uma ¿matéria-prima virgem¿." Resultado: ganham as duas pontas. A que tinha "lixo" e viu sua receita crescer com a possibilidade de emprego do material por outra indústria, e a que comprou, que desembolsou menos recursos na aquisição da matéria-prima alternativa.
Um exemplo concreto citado pela representante do Nisp é o da parceria entre uma empresa química e uma alimentícia. "Um produtor de tomates queria ampliar sua produção, mas os custos elevados não viabilizavam o projeto. Havia uma empresa química que lançava gases na atmosfera e queria eliminar essas emissões. Juntamos os dois. Os gases que antes eram lançados na atmosfera, entre eles o CO2 e vapor quente, passaram a ter uma destinação do bem. Foram canalizados para uma estufa produtora de tomates, reduzindo o custo de produção."
Beatriz diz que o programa já conta com mais de 10 mil empresas. Mais de 80% dos membros do Nisp são pequenas e médias empresas. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Birmingham mostra que, dos negócios realizados por empresas no âmbito do programa, 75% incluíram processo de inovação, 50% envolveram melhor prática e 20% novas pesquisas.
Além do negócio propriamente dito, há outros ganhos, como o ambiental, diz Beatriz. Desde a criação do Nisp, em 2005, deixou-se de lançar 2,95 milhões de toneladas de resíduos empresariais em aterros, eliminou-se mais de 310 mil toneladas de resíduos perigosos e reduziu-se em 2,5 milhões de toneladas as emissões de CO2.
De acordo com Beatriz, todos os resultados obtidos pelo Nisp são auditados por empresas independentes antes de serem publicados. "Entre os pontos fortes do programa está a sua flexibilidade e inovação tecnológica. É garantido o sigilo absoluto dos dados abertos pelas empresas que procuram ajuda. O programa não força o empresário. A participação é voluntária. O modelo de simbiose industrial vai além das práticas já conhecidas de uso eficiente de recursos, minimização, reúso e reciclagem. Cria-se uma rede de empresas de diversos setores industriais gerando uma comunicação e troca de idéias que até então não existia. O novo relacionamento comercial entre empresas permite um aumento de eficiência de produção, redução de custos e contribui para a sustentabilidade. Criação de projetos mais modernos, destinação mais eficiente de resíduos e o reúso intersetorial, podem criar novas parcerias industriais e até mesmo aproximar centros de pesquisa das indústrias."
Tudo começou em 2005, quando o governo britânico fez um estudo e concluiu que, em média, os aterros do Reino Unido tinham sete anos de vida útil e não havia mais espaço para novos aterros. Era preciso reduzir a quantidade de resíduos produzidos. A decisão foi a de elevar exponencialmente a taxa sobre resíduos de forma a estimular outra destinação. Com o apoio do Legislativo, criaram-se normas e incentivos. Na área da indústria, foram elaborados programas de suporte gratuitos. Paralelamente o programa-piloto do Nisp vinha sendo aplicado em duas regiões. O sucesso e o empenho dos empresários na sua ampliação eram tamanhos que o governo resolveu transformá-lo em um programa nacional. O modelo de consultoria gratuita respeita a lógica regional. O governo entendeu que era mais racional e o retorno mais eficiente com a contratação de consultorias regionais, que pelo seu conhecimento local, contatos etc. poderiam rapidamente identificar as necessidades e buscar soluções para os desafios industriais. Não errou.
DiárioNet
O programa busca transformar em capital, resíduos e subprodutos resultantes de processos de produção. "Nós trabalhamos como uma consultoria. A empresa nos procura com um problema, que pode ser o elevado volume de resíduos gerados no processo. Nós estudamos as possibilidades de sinergias e a saída pode estar em outra empresa, que, ao reprocessar o produto, pode reutilizá-lo com um preço melhor do que se fosse ao mercado comprar uma ¿matéria-prima virgem¿." Resultado: ganham as duas pontas. A que tinha "lixo" e viu sua receita crescer com a possibilidade de emprego do material por outra indústria, e a que comprou, que desembolsou menos recursos na aquisição da matéria-prima alternativa.
Um exemplo concreto citado pela representante do Nisp é o da parceria entre uma empresa química e uma alimentícia. "Um produtor de tomates queria ampliar sua produção, mas os custos elevados não viabilizavam o projeto. Havia uma empresa química que lançava gases na atmosfera e queria eliminar essas emissões. Juntamos os dois. Os gases que antes eram lançados na atmosfera, entre eles o CO2 e vapor quente, passaram a ter uma destinação do bem. Foram canalizados para uma estufa produtora de tomates, reduzindo o custo de produção."
Beatriz diz que o programa já conta com mais de 10 mil empresas. Mais de 80% dos membros do Nisp são pequenas e médias empresas. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Birmingham mostra que, dos negócios realizados por empresas no âmbito do programa, 75% incluíram processo de inovação, 50% envolveram melhor prática e 20% novas pesquisas.
Além do negócio propriamente dito, há outros ganhos, como o ambiental, diz Beatriz. Desde a criação do Nisp, em 2005, deixou-se de lançar 2,95 milhões de toneladas de resíduos empresariais em aterros, eliminou-se mais de 310 mil toneladas de resíduos perigosos e reduziu-se em 2,5 milhões de toneladas as emissões de CO2.
De acordo com Beatriz, todos os resultados obtidos pelo Nisp são auditados por empresas independentes antes de serem publicados. "Entre os pontos fortes do programa está a sua flexibilidade e inovação tecnológica. É garantido o sigilo absoluto dos dados abertos pelas empresas que procuram ajuda. O programa não força o empresário. A participação é voluntária. O modelo de simbiose industrial vai além das práticas já conhecidas de uso eficiente de recursos, minimização, reúso e reciclagem. Cria-se uma rede de empresas de diversos setores industriais gerando uma comunicação e troca de idéias que até então não existia. O novo relacionamento comercial entre empresas permite um aumento de eficiência de produção, redução de custos e contribui para a sustentabilidade. Criação de projetos mais modernos, destinação mais eficiente de resíduos e o reúso intersetorial, podem criar novas parcerias industriais e até mesmo aproximar centros de pesquisa das indústrias."
Tudo começou em 2005, quando o governo britânico fez um estudo e concluiu que, em média, os aterros do Reino Unido tinham sete anos de vida útil e não havia mais espaço para novos aterros. Era preciso reduzir a quantidade de resíduos produzidos. A decisão foi a de elevar exponencialmente a taxa sobre resíduos de forma a estimular outra destinação. Com o apoio do Legislativo, criaram-se normas e incentivos. Na área da indústria, foram elaborados programas de suporte gratuitos. Paralelamente o programa-piloto do Nisp vinha sendo aplicado em duas regiões. O sucesso e o empenho dos empresários na sua ampliação eram tamanhos que o governo resolveu transformá-lo em um programa nacional. O modelo de consultoria gratuita respeita a lógica regional. O governo entendeu que era mais racional e o retorno mais eficiente com a contratação de consultorias regionais, que pelo seu conhecimento local, contatos etc. poderiam rapidamente identificar as necessidades e buscar soluções para os desafios industriais. Não errou.
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